terça-feira, 8 de abril de 2014

Situação do cafeicultor ainda é desfavorável


A situação do produtor de café em Minas é desfavorável, na opinião do diretor da FAEMG e presidente das comissões de café da entidade e da CNA, Breno Mesquita.
 
"O prejuízo dos produtores será significativo e as perdas se estenderão até 2015, que já era uma ano de safra baixa. O produtor irá gastar com a colheita do grão e para formar uma saca será necessário um maior volume de café, com isso, haverá encarecimento dos custos. Além disso, também houve perda da qualidade, o que interfere na formação de preços", disse Mesquita.
 
Com a comprovação das perdas e a situação desfavorável para os cafeicultores, o representante da Faemg e da CNA irá, junto com outras entidades da cafeicultura, buscar auxílio junto ao governo federal.
 
"Nossa ideia é levantar todos os número para entregar ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e ao Ministério da Fazenda. Queremos que seja estudada uma forma de viabilizar a cafeicultura. A situação do produtor é muito difícil e precisa ser discutida. Não estamos falando somente da safra 2014, a seca terá repercussão forte na safra de 2015, qualquer coisa que venhamos fazer tem que levar em conta que o país terá dois anos de impacto na produção, principalmente de arábica", disse.
 
Procafé confirma perda de safra em Minas 
 
O levantamento feito pela Fundação Procafé confirmou as perdas da safra de café em Minas Gerais e das demais regiões produtoras do país em 2014. A situação climática vivenciada no cinturão produtor, com falta de chuvas e altas temperaturas ao longo do primeiro bimestre, fez com que a produção recuasse 18% no país e 22% em Minas, principal Estado produtor do grão. Com a confirmação, a expectativa é de que os preços do grãos fiquem em torno dos R$ 450 por saca, com tendência de novas altas.
 
A pesquisa, que foi encomendada pelo CNC (Conselho Nacional do Café), teve como objetivo eliminar as especulações de mercado e fornecer dados corretos levantados após visitas de técnicos e de pesquisadores aos cafezais, trabalho in loco que não havia sido feito por nenhum instituto.
 
De acordo com os estudos do Procafé, tendo como base a primeira estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) - que previa uma safra entre 46,5 milhões e 50,1 milhões de sacas de 60 quilos -, para a safra 2014, dos quais 35 milhões a 37,4 milhões de sacas correspondem ao café arábica, foram observadas perdas de aproximadamente 18% sobre a produção desse tipo de café, com o volume total a ser colhido (arábica e conillon) recuando para um intervalo entre 40,09 milhões e 43,30 milhões de sacas.
 
Minas Gerais registrou perda média superior a 22% em relação ao primeiro levantamento da Conab, com a produção prevista, agora, entre 19,77 milhões e 20,97 milhões de sacas. Antes da interferência negativa do clima, a expectativa era colher entre 25,8 milhões e 27,4 milhões de sacas de 60 quilos.
 
O levantamento das perdas foi realizado pela equipe de técnicos especializados em cafeicultura da Fundação Procafé, visando estimar, de forma objetiva, os reflexos da estiagem quanto aos aspectos vegetativos e produtivos das lavouras, o que gerou a redução do tamanho e do peso dos frutos. O trabalho, feito em nível de campo, ocorreu ao longo de março, após a retomada de precipitações suficientes para o retorno do processo fisiológico normal dos cafeeiros, cessando, portanto, a maior parte dos efeitos do veranico.
 
De acordo com o presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, a confirmação das perdas em níveis já esperados pelo mercado servirá para que as negociações do grão sigam dentro de um cenário mais real e menos especulativo.
 
"Com o resultado da pesquisa, acreditamos que o mercado vai trabalhar com números mais precisos e comprovados de forma técnica e científica. Isto é fundamental para acabar com o alarde no setor. Com a confirmação das perdas, nossa expectativa é que os preços da saca de 60 quilos fiquem em torno de R$ 450, com possibilidades de alta, já que também registraremos queda na produção de 2015", disse Brasileiro.
 
Regiões
 
Ainda segundo o levantamento, as regiões mais prejudicadas em Minas Gerais foram a Sul e a Oeste, onde a perda média foi de 30%, com a queda de 4 milhões a 4,2 milhões de sacas na safra 2014. A previsão inicial era colher entre 13,3 e 14,1 milhões de sacas. Na Zona da Mata a queda média será de 19,2% ou de 1,014 milhão de sacas.
 
No Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste, devido ao melhor regime de chuvas em relação a outras áreas do Estado e com muitas lavouras irrigadas, a perda média percentual estimada foi de 10% (630 mil sacas). O maior volume de café prejudicado estava nas áreas de sequeiro e nas sub-regiões mais quentes.
 
No Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas perda estimada foi de 12%, equivalente a um intervalo entre 70 e 80 mil sacas. 

Diário do Comércio+FAEMG

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