quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Medidas para o café não agradam produtores




O governo federal anunciou, na última semana, medidas para ajudar a estabilizar a cultura do café. As propostas, no entanto, não agradaram a maior parte dos produtores, que reclamam que o problema mais grave está na renda do produtor, que ainda não tem previsão de melhoria. O presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, fala sobre o assunto. (Exibido em 28/11/2013)



Canal Rural



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Custos na produção de café em alta e os preços ainda em baixa



Café: Ministério da Agricultura responde à dúvidas do setor sobre prorrogação - Notícias Agrícolas





Ministro anuncia renegociação de dívidas de produtores de café

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, anunciou que os produtores poderão renegociar as dívidas vencidas e vincendas no período de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2014 das operações de crédito rural vinculadas a lavouras de café arábica. As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 22 de novembro, no auditório do Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília. O produtor rural terá até o dia 31 de janeiro para optar pela renegociação junto à instituição financeira e até 15 de julho para formalizá-la.
No caso dos contratos de custeio e comercialização, o produtor rural deverá quitar primeiramente 20% do total da dívida. Os 80% restantes poderão ser pagos em até cinco anos, sendo a primeira prestação apenas em 2015, de acordo com o período de obtenção de renda do agricultor.
Já as dívidas de investimento podem ser prorrogadas para até um ano após a data prevista para o vencimento do contrato ou incorporadas ao saldo devedor e redistribuídas nas parcelas restantes. Por exemplo, caso um contrato vença em 2018, poderá ser quitado em 2019 ou distribuir o valor da dívida vencida entre as parcelas de 2015 a 2018 (aumenta um pouco o valor das parcelas, mas não amplia o prazo).
De acordo com o ministro, se as medidas não surtirem o efeito esperado, poderão ser adotadas novas ações. “Espero que esta medida seja suficiente para aquecer o preço no mercado do café e, com isso, começar a remunerar os produtores, mas se for preciso nós continuamos a negociar”, afirmou.
As ações se somam às demais anunciadas este ano pelo governo federal para o setor cafeeiro. No início de agosto, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em Varginha (MG), o lançamento do leilão de Contratos de Opção de Vendas de café, com exercício de opção para março de 2014, com aporte de recursos de R$ 1,050 bilhão. A decisão executada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atende a 3 milhões de sacas ao preço de R$ 343/saca.
Outra ação refere-se ao aporte recorde de recursos de R$ 3,16 bilhões previstos pelas linhas de financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), além do Banco do Brasil ter disponibilizado na temporada mais R$ 1 bilhão para a estocagem e aquisição de café.

A publicação das medidas de apoio à cafeicultura no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (25) gerou dúvidas entre as lideranças do setor. Assim, em entrevista, o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Jânio Zeferino da Silva, esclareceu alguns dos questionamentos dos produtores. 

Pagamento de 20% da dívida - Uma das principais dúvidas dos cafeicultores é sobre o pagamento dos 20% do saldo atualizado de sua dívida da parcela com vencimento no período de abrangência da medida para que possa ser feita a prorrogação. Silva afirmou que esse pagamento é obrigatório e caso não seja feito impede à adesão ao benefício. 
No entanto, o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, acredita que esse possa ser um dos maiores problemas entre as medidas, uma vez que muitos produtores vêm sofrendo sérios problemas em função dos baixos preços e por isso não teriam condições de realizar esse pagamento. "Esse ainda é um ponto que tem que ser estudado". 

Ao mesmo tempo, o diretor do Mapa acredita que  o período seja suficiente para que os produtores consigam levantar esse valor seja com uma nova linha de créditou ou pela colheita da nova safra. "É importante que se registre o interesse o quanto antes e nós temos esse prazo bastante longo para conseguir esses 20%", disse. O diretor do Mapa afirma que o prazo para que os produtores manifestem seu interesse na prorrogação é até 31 de janeiro de 2014. Assim é preciso que os cafeicultores se encaminhem até o banco financiador e aguardem até 15 de julho de 2014 para realizar o pagamento dos 20% e a prorrogação da dívida. 

Restrição a crédito - As lideranças da cafeicultura também tiveram dúvidas sobre a restrição de crédito para aqueles produtores que tiverem aderido ao programa de renegociação. O diretor do ministério da Agricultura afirmou que  os cafeicultores não terão qualquer restrição a crédito, o que não o impede, portanto, de contratar novas linhas de financiamento, por exemplo. "Se o produtor se valer dessa prorrogação ele não fica impedido de contratar novos créditos". 

Além disso, afirmou ainda que as dívidas ficarão em um prazo de espera, sem comprometer o crédito dos produtores rurais. "Mas é preciso que todos os cafeicultores procurem os bancos, uregentemente, para que possam formalizar seu pedido de prorrogação e ter o prazo necessário". Caso o produtor tenha algum problema mesmo depois de aderir aos benefícios, que tente resolver no próprio banco ou que procure até mesmo o Ministério da Agricultura para tentar reverter o problema.

Ressarcimento de parcelas já pagas - Jânio Zeferino da Silva disse também que aqueles produtores que já efetuaram pagamento das parcelas de dívidas contraídas a partir de 1º de julho deste ano não serão ressarcidos.

As medidas aprovadas e divulgadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) não foram bem recebidas pelo setor, principalmente, porque apesar de permitirem que os produtores não gastem seu dinheiro e tenham suas dívidas prorrogadas, elas não resolvem o problema dos preços baixos. Para o presidente da Cooxupé, seriam necessários leilões de Pepro "porque o mercado está muito abastecido. O volume de café no mercado é grande, o Brasil produziu e os outros países também produziram, então, mesmo com esses três milhões de sacas das opções que serão retirados não é suficiente para causar impacto nos preços". 

Além disso, o prazo dos 5 anos também tem sido questionado não só por Paulino, mas também pelo superintendente da Cooparaíso, Francisco Ourique. O pleito da cafeicultura era de que as dívidas fossem adiadas por 10 anos, prazo tido pelo setor como suficiente para que as contas pudessem ser pagas com mais tranquilidade, já que ainda é necessário ver uma reação dos preços para que a renda dos produtores seja retomada. 

"Eles estão se negando a ver o problema central que é o preço, e preço só é corrigido em produto perene não perecível através da intervenção do governo. Essa prorrogação por 5 anos, além dos 20%, junto ao critério do banco abre uma situação complexa, uma vez que o governo não quis arcar com o risco da prorrogação das dívidas". 

Além disso, lideranças se perguntam ainda sobre as demais medidas que há tempos vêm sendo pleiteadas junto ao governo, como os leilões de Pepro, o reajuste de preço mínimo, o qual está bem abaixo do custo de produção em muitas regiões produtoras, e políticas que possam garantir a renda dos cafeicultores. Segundo Ourique, de todos os pedidos levados pelo Ministério da Agricultura, apenas um foi acolhido. 

“O governo precisa saber que é necessário uma ação e, para isso, é necessário mobilização política, por isso os produtores precisam aderir aos seus sindicatos e cooperativas para revigorar a representação da cafeicultura, já que o governo só entenderá o papel e a força da cafeicultura se o setor se mobilizar”.

Para Francisco Miranda, presidente da Cocatrel, os representantes governo não conhecem a fundo a realidade pela qual passam os cafeicultores. "A frustração é muito grande. Essas pessoas do Ministério da Fazenda, do Conselho Monetário Nacional precisam conhecer mais o Brasil (...) A sensibilidade deles é só o dinheiro no bolso", diz. Miranda diz ainda que o principal pedido do setor é uma política de longo prazo, que pudesse focar não só a prorrogação das dívidas, mas também da garantia de renda dos produtores, inclusive de pequenos agricultores. "Agora, precisamos aguardar novas tentativas". 

Sobre o resultado das medidas e da possibilidade de novas formas de apoio à cafeicultura, o diretor do Departamento de Café do Mapa afirma que serão estudadas mais adiante. "Essas medidas foram tomadas para resolver um problema emergencial, que é sério e grave como todos sabemos. Mas nós estamos dispostos a negociar e é importante que o produtor entenda que é resultado do que foi possível no momento, e faremos de tudo para que essas medidas sejam um sucesso e reflitam nos preços". 

Nos links abaixo, veja a íntegra das entrevistas dos representantes dos cafeicultores e também do representante do Ministério da Agricultura:

Fonte: Notícias Agrícolas // 
Café: Ministério da Agricultura responde à dúvidas do setor sobre prorrogação - Notícias Agrícolas

sábado, 23 de novembro de 2013

Ministro da Agricultura anuncia que cafeicultores terão pagamento das dívidas prorrogado por cinco anos



Medidas foram aprovadas em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)


Ministro da Agricultura concedeu entrevista coletiva para anunciar as medidas de apoio à cafeicultura 

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, anunciou medidas para aliviar a situação dos produtores de café que enfrentam dificuldades financeiras devido à forte queda nos preços do grão no mercado. Em entrevista, o ministro informou que os cafeicultores terão suas dívidas das linhas de custeio e de comercialização prorrogadas por cinco anos, com pagamento da nova parcela do financiamento a partir de julho de 2015. As medidas foram aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio de resolução. 

O cafeicultor, ainda segundo Antônio Andrade, ao renegociar seus débitos, terá de pagar 20% do saldo até a data que formalizar o interesse em renegociar suas dívidas junto aos bancos, renegociando os restantes 80% da dívida no decorrer dos próximos cinco anos. 

Dúvidas persistem - De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mesmo com anúncio das medidas, ainda existem dúvidas sobre as fontes dos recursos e os prazos das dívidas vencidas e vincendas que entrarão na renegociação. No decorrer da próxima semana os técnicos da CNA irão avaliar o conteúdo das resoluções do CMN para saber se haverá necessidade de novos ajustes a serem negociados com o governo. 

Na prática, está sendo concedido ao produtor de café um prazo de carência de até dois anos para iniciar o pagamento, com base nas datas de vencimento de seu contrato de financiamento. 

A CNA já havia encaminhado aos ministros da Fazenda e da Agricultura proposta suspendendo o pagamento das dívidas dos cafeicultores, por 120 dias. Esse estudo, contudo, ainda não recebeu o aval do governo. Nesse cenário, em março de 2015 seria divulgado um plano consistente de incentivo ao cafeicultor, definindo com detalhes o total das dívidas e o perfil das mesmas. 

Mesmo assim, a CNA já iniciou estudos sobre a viabilidade econômica da cafeicultura no país, com o objetivo de mostrar o quadro real do endividamento do setor e da capacidade de pagamento do produtor de café. Diante das medidas anunciadas pelo Ministro Antônio Andrade, a Comissão Nacional do Café, da CNA, irá propor ao governo medidas que, de fato, possam resolver a situação e melhorar a renda do produtor. 

Queda nos preços - A estimativa da CNA é que, os preços do café continuem baixos até meados de 2015. Por outro lado, os produtores convivem com elevados custos de produção, principalmente em decorrência da necessidade de contratação de mão de obra nas regiões dede montanha, onde há impossibilidade de mecanização. Onde a colheita é feita manualmente, os custos representam mais de 50% de todos os gastos do produtor. 

No biênio 2014/15 os produtores de café tipo arábica continuarão enfrentando dificuldades financeiras devido à perspectiva de pressão de oferta mundial e continuidade do viés de baixa das cotações, segundo mostra estudo de mercado elaborado pela CNA. A alta das cotações do produto em 2010 e 2011 “amenizou as perdas dos cafeicultores, mas os preços não se sustentaram e se encontram atualmente no menor patamar dos últimos cinco anos”, destaca o documento.


MINISTÉRIO DA FAZENDA



ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL



VOTOS DA ÁREA AGRÍCOLA



REUNIÃO DO CMN - 22.11.2013

(...)


5 - Autoriza a renegociação de parcelas de financiamentos rurais vinculadas a lavouras de café arábica


O CMN, em decorrência dos baixos preços do café arábica, que prejudicaram a capacidade de pagamento dos cafeicultores, e como medida complementar de apoio à produção e à comercialização de café adotadas ao longo de 2013, autorizou, a critério da instituição financeira, a renegociação das parcelas vencidas e vincendas no período de 1º/7/2013 a 30/6/2014 das operações de crédito rural vinculadas a lavouras de café arábica, referentes a custeio, investimento e comercialização, da seguinte forma:

I – beneficiários: produtores rurais de café arábica e suas cooperativas de produção;

II – as parcelas das operações de custeio e comercialização:

a) podem ser renegociadas para pagamento em até 5 (cinco) parcelas anuais, devendo o pagamento da primeira ser efetuado em 2015, de acordo com o período de obtenção de renda do mutuário;

b) somente podem ser renegociadas mediante amortização mínima de 20% (vinte por cento) do saldo atualizado da parcela com vencimento no período de abrangência desta medida, a ser pago até a data de formalização;

III – as parcelas das operações de investimento podem ser incorporadas ao saldo devedor e redistribuídas nas parcelas restantes, ou ser prorrogadas para até um ano após a data prevista para o vencimento do contrato, respeitada a periodicidade vigente;

IV - o mutuário deve manifestar formalmente interesse em renegociar suas dívidas rurais junto à instituição financeira credora até 31/1/2014, a qual deve formalizar a renegociação até 15/7/2014;

V - a renegociação não abrange as parcelas vencidas e vincendas das operações renegociadas com base na Resolução nº 4.028, de 18 de novembro de 2011, nos §§ 3º ou 6º do art. 5º da Lei nº 9.138, de 29 de novembro de 1995, e das celebradas com recursos do Funcafé, cujos créditos foram recebidos pela União em dação em pagamento, nos termos do art. 3º da Medida Provisória nº 2.196-3, de 24 de agosto de 2001;

VI - o beneficiário final que renegociar os débitos nas condições ora definidas fica impedido de contratar novas operações de crédito de investimento rural destinadas à cafeicultura com recursos controlados do crédito rural, em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), até que liquide integralmente:

a) a parcela pactuada para pagamento em 2015, no caso de renegociação das operações de custeio e comercialização;

b) a primeira parcela com vencimento a partir de 1º de julho de 2014, no caso de renegociação das operações de investimento.

Veja os vídeos  no link abaixo TV TERRA VIVA e EPTV 22/11/2013




O Consultor Terraviva desta sexta-feira (22) destaca as novas medidas para os cafeicultores, divulgadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Ministério da Agricultura. O apresentador Silmar César Müller conversou com o presidente do Sindicato Rural de Varginha e da Associação dos Sindicato dos Produtores Rurais do Sul de Minas, Arnaldo Bottrel Reis, sobre as mudanças no setor após a divulgação do Ministro Antônio Andrade.

Além disso, o agrometeorologista, Marco Antônio dos Santos, traz as informações do tempo das principais regiões produtoras do país. Confira.



 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Café: Ministro da Agricultura antecipa prorrogação das dívidas sem confirmaçao do CMN



O ministro da Agricultura Antônio Andrade antecipou, na tarde desta sexta-feira (22), que, a prorrogação para as dívidas da cafeicultura em 5 anos, com a carência de dois anos, será aprovada. A antecipação, porém, foi feita sem a aprovação do voto agrícola pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que ainda se encontra reunido no final da tarde de hoje. Segundo informações apuradas pela Agência Estado, o ministro disse que as autoridades monetárias deram-lhe "carta branca" para anunciar essa aprovação das medidas de apoio ao cafeicultor. No entanto, o Notícias Agrícolas apurou que esse voto agrícola ainda não foi votado até o momento até às 16h20 (horário de Brasília), em reunião que permanece em curso no Banco Central no Distrito Federal. Mas, lideranças da cafeicultura ouvidas pela nossa reportagem consideram que as medidas deverão ser mesmo aprovadas, pois, "seria muita irresponsabilidade do ministro anunciar algo tão importante sem ter certeza". 

Em uma nota oficial da FAEMG (Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais), o presidente da Comissão do Café na instituição de também na CNA, Breno Mesquita, disse que é preciso contar com a formalização do voto do CMN para que seja feita uma avaliação mais aprofundada sobre o impacto das medidas. “Visto que a cafeicultura brasileira trabalha com diferentes tipos de fontes de financiamento, é preciso que fique claro se realmente todas foram contempladas. Temos aí a dívida ativa da União (DAU), os alongamentos do Funcafé, enfim, temos várias dúvidas que só serão sanadas com a efetivação do voto do CMN”. 

 Ao Notícias Agrícolas, o presidente da Assul (Associação dos Produtores dos Sindicatos Rurais do Sul de Minas Gerais), Arnaldo Bottrel, que está em Brasília, disse que essa antecipação já "desagrada ao setor", pois 5 anos não serão suficientes para que os cafeicultores consigam pagar suas dívidas – dados os atuais preços praticados na comercialização do café. “O prazo é curto e não temos como pagar esses 20% de entrada”. 

Bottrel disse também que os cafeicultores terão que pagar 20% de suas dívidas agora, para financiar o restante e que eles têm o prazo até fevereiro de 2014 para aderir ao plano. Sobre as linhas de investimento, os cafeicultores terão duas opções - uma delas é pagar o que já foi vencido até a última parcela, ou dividir as parcelas que ainda irão vencer. 

Já o ministro teria afirmado que o início das dívidas que forem prorrogadas teriam o início do pagamento previsto para julho de 2015, e são dívidas que se referem à custeio e comercialização. Sobre as dívidas de investimentos, as parcelas que vencem este ano serão transferidas para o final do contrato. 

Andrade declarou também que não foi informado pelo Banco Central o montante das dívidas que serão prorrogadas, porém, disse que essas operações poderiam representar um custo de cerca de R$ 500 milhões para os cofres públicos. 

Nota da FAEMG na íntegra

Ministro antecipa anúncio de medidas de apoio à cafeicultura

Acaba de ser anunciada, em Brasília, a prorrogação das dívidas da cafeicultura por cinco anos - com dois anos de carência.  A medida visa aliviar os efeitos da forte crise que abate o setor, que amarga preços abaixo dos custos de produção. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, antecipou o anúncio à decisão, que deverá ser formalizada ainda nesta sexta (22), pelo Conselho Monetário Nacional.

Segundo o presidente das Comissões de Café da CNA e da FAEMG, Breno Mesquita, é preciso que o voto seja formalizado para que se possa analisar o que realmente foi contemplado. “Visto que a cafeicultura brasileira trabalha com diferentes tipos de fontes de financiamento, é preciso que fique claro se realmente todas foram contempladas. Temos aí a dívida ativa da União (DAU), os alongamentos do Funcafé, enfim, temos várias dúvidas que só serão sanadas com a efetivação do voto do CMN”.

http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/cafe/131593-governo-anuncia-prorrogacao-de-5-anos-para-pagamento-de-dividas-do-cafe.html#.Uo-rsdK-r9g

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes e Fernanda Bellei

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MINISTRO MANTEGA ALTERA AGENDA E REÚNE-SE COM MINISTRO ANTÔNIO ANDRADE




O Conselho Monetário Nacional (CMN) reúne-se nesta quinta-feira, 21, a partir das 15 horas. A informação parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A expectativa dos produtores de café é pelo anúncio de medidas de apoio à produção, que enfrenta preços historicamente baixos para o grão. A princípio, espera-se voto que prorrogará por 120 dias as dívidas que vencem a partir de 1 de novembro. O Mapa só vai se manifestar sobre os votos após a reunião do CMN, e ainda não dá certeza de que o café terá medidas apreciadas no encontro.
Fonte: CMA
CNA

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CCCMG : Prorrogacao dos 120 dias para as dividas ainda nao foi anunciada



O anúncio da prorrogação por 120 dias das dívidas da cafeicultura brasileira novamente não foi divulgado nesta terça-feira (19). Segundo Arnaldo Bottrel(foto), presidente da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas, que está em Brasília, a aprovação do voto feito pelo Ministério da Agricultura segue emperrada no Ministério da Fazenda. 

"A suspensão por 120 dias ainda não foi divulgada oficialmente", disse Bottrel. O representante dos cafeicultores explicou ainda que o trabalho feito pelo Ministério da Agricultura foi encaminhado à Fazenda na última quinta-feira (14), porém, ainda não foi oficializado para que possa ser anunciado pelo ministro Antônio Andrade. 

Esta prorrogação deverá ser a única reivindicação dos cafeicultores atendida pelo governo federal, ao menos a curto prazo. Ainda de acordo com o presidente da Asul, apesar de pequeno, esse período será como um alento para os produtores. "No último mês, a situação dos cafeicultores se apertou tanto que estes 120 dias serão ao menos um momento para que os produtores tomem um fôlego até que sejam apresentadas e aprovadas as medidas definitivas para a cafeicultura", acredita. 

Assim, Bottrel afirma que agora é de extrema importância a concentração e união do setor, com os produtores e lideranças levando suas propostas à federações estaduais. "Precisamos estar unidos e agora fazer pressão no Ministério do Fazenda, pois enquanto essa prorrogação não for oficialmente anunciada, a inadimplência continua e se agrava a cada dia", explica. "São 9 milhões de empregos gerados pela cafeicultura e essa crise pode gerar um desemprego muito sério", completa.

Fonte: Notícias Agrícolas/CCCMG

CCCMG : Prorrogacao dos 120 dias para as dividas ainda nao foi anunciada

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Produtores de Cambuquira e Capelinha são campeões do XXI Concurso Qualidade Minasul de Café


Os campeões da 21ª Edição do Concurso Qualidade Minasul de Café, são os produtores José Antônio Pinto Filho, de Cambuquira/MG na categoria café natural e o produtor Claudio Esteves Gutierrez da Fazenda Tahiti, município de Capelinha/MG na categoria café cereja descascado. A final do evento foi realizada no último dia 7, quando foram apresentados os 5 primeiros colocados nas duas categorias.

Na primeira fase do concurso, participaram 125 produtores que se inscreveram na categoria café natural e 34 inscritos na categoria café cereja descascado. Dessas amostras, 20 foram finalistas no natural e 10 no cereja. Todo o processo foi feito por comissão composta de Q Graders que seguiram o protocolo da SCAA – Specialty Coffee Association of America, a Associação Americana de Cafés Especiais. Foram analisados aspectos como aroma/fragrância, sabor, corpo, acidez e after taste (sabor residual).

O comprador dos cafés premiados, Nutrade Comércio e Exportação Ltda (Nucoffee Syngenta), se compromete a adquirir não somente os cafés vencedores, mas todos os finalistas. No caso dos vencedores, o valor da saca de 60kg de café será conforme a pontuação alcançada na etapa final de degustação. Os premiados terão até o dia 29/11/2013 para efetuar o fechamento da venda, observando a cotação NY de fechamento daquele dia e o dólar PTAX correspondente.

Os 5 primeiros colocados de cada categoria receberam um kit de produtos da Syngenta no valor de R$ 1.500. Os 2º colocados receberam um cheque do Sicoob Credivar no valor de R$ 500 e os campeões, um cheque de R$ 1.500, valores que foram depositados na poupança cooperada.

O Concurso Qualidade Minasul de Café é uma iniciativa da Minasul, em parceria com os membros do Conselho Municipal de Café, composto pelo Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), Prefeitura Municipal de Varginha e Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha. Realizado há 21 anos , o principal objetivo do evento é promover a qualidade do café dos cooperados Minasul junto aos mercados nacional e internacional.

Café Natural
Campeão – José Antônio Pinto Filho – Fazenda Santa Genoveva II – Cambuquira/MG – 86,75 pontos
2º lugar – Adriano Rabelo de Rezende – Sítio da Serra – Varginha/MG – 86,37 pontos
3º lugar – Meiri Aparecida Valim Oliveira – Fazenda Bengala – Varginha/MG – 85,06 pontos
4º lugar – Bruno Guido Reguim – Fazenda do Engenho – Varginha/MG – 84,66 pontos
5º lugar – Guilherme Salgado Rezende – Fazenda Azevedo – Andrelândia/MG – 84,25 pontos

Café Cereja Descascado
Campeão – Claudio Esteves Gutierrez – Fazenda Tahiti – Capelinha/MG - 84,58 pontos
2º lugar – Arnaldo Bottrel Reis – Fazenda Serra Rica – Carmo da Cachoeira /MG – 84,30 pontos
3º lugar – Lucilia Villela Valias Rezende – Fazenda Santa Maria – Capelinha/MG – 83,91 pontos
4º lugar – Ricardo Iabrudi dos Santos Pereira – Sítio do Ipê – Três Corações /MG – 83,66 pontos
5º lugar – Pedro Augusto Reis Santos Pereira Iabrudi – Sítio do Jacarandá – Três Corações/MG – 83,58 pontos

Ascom Minasul

Fonte Ascom Minasul

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Governo se comprometeu a anunciar medidas para o café na próxima semana




- Setor se mobiliza em busca de soluções para a crise do café; Governo se comprometeu a anunciar medidas de apoio na próxima semana

Na segunda-feira, 4 de novembro, estivemos reunidos com as demais lideranças do setor produtor da cafeicultura brasileira, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), em Belo Horizonte (MG). Na ocasião, os cafeicultores presentes manifestaram sua preocupação em relação aos baixos preços, ao endividamento e à falta de renda na atividade. O presidente executivo do CNC, deputado federal Silas Brasileiro, levou aos presentes a mensagem do ministro da Agricultura, Antônio Andrade, sobre diversas providências que estão sendo tomadas junto ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil para definir as políticas de apoio ao setor.

Apesar das informações transmitidas aos produtores, ainda persiste um clima de apreensão. Por outro lado, as tratativas continuam na esfera governamental, assim como o comprometimento dos governantes em relação às propostas solicitadas, que devem ser apresentadas no decorrer da próxima semana.
Os planos a serem anunciados pelo Governo Federal deverão aliviar a pressão de oferta perante a necessidade de caixa para honrar seus compromissos, considerando que deverá ser noticiado um programa de incentivo ao escoamento da produção, o qual acreditamos que trará tranquilidade ao mercado, não constituindo essas medidas em sistema “guarda-chuva” e, consequentemente, não comprometendo as safras futuras.

O Conselho Nacional do Café volta a fazer um alerta em relação aos novos plantios de café, medida que vem sendo uma constante ao longo dos últimos três anos. Entretanto, como poucos levaram em consideração, hoje vivenciamos um — ainda que pequeno — desequilíbrio entre oferta e demanda, que é uma das razões para os preços aviltados atuais.

Também é dever do CNC alertar aos produtores sobre propostas mirabolantes que estão aparecendo em profusão, as quais salientamos que não devem ser levadas em consideração. Temos a responsabilidade de não vender ilusão aos cafeicultores do Brasil, mas sim conscientizá-los em relação ao planejamento da atividade para que sejam alcançados saldos positivos no balanço entre seus gastos e rendimentos.

MERCADO  Esta foi mais uma semana marcada por tendência de baixa nas cotações do café arábica e robusta. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro do contrato C perdeu 160 pontos no acumulado de segunda a quinta-feira, quando foi cotado a US$ 1,0395 por libra-peso. A queda na cotação futura do arábica só não foi maior porque houve recuperação de 2,4% no pregão de ontem, após ter sido atingido o valor de US$ 1,0095 por libra-peso, o mais baixo desde outubro de 2006. Além da percepção de ampla oferta pelos investidores, a desvalorização do real ante o dólar também impulsionou as quedas.

No Brasil, o dólar valorizou-se 2% até o fechamento de quinta-feira, que se deu a R$ 2,3067, maior cotação dos últimos dois meses. A preocupação dos investidores quanto ao cenário fiscal brasileiro e dados mais positivos que os previstos referentes ao crescimento do PIB americano no terceiro trimestre motivaram essa tendência.

A despeito dos baixos preços praticados, as exportações de café do Brasil vêm apresentando significativo crescimento, o que, aliado ao firme consumo doméstico, está contribuindo para a redução dos estoques nacionais. Segundo estatísticas divulgadas pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em outubro foi exportado um volume mensal recorde para o ano, de 3.095.637 sacas, 6% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, a receita caiu 24,8% quando comparada à auferida em outubro de 2012.

Na Bolsa de Londres, o café robusta manteve a tendência de depreciação, com o vencimento janeiro de 2014 do Contrato 409 acumulando perdas de US$ 29 até o fechamento de ontem, a US$ 1.460 por tonelada.



Atenciosamente,

Dep. federal Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC


Conselho Nacional do Café — Assessoria de Comunicação
Jorn. Resp.: Paulo André Colucci Kawasaki (Mtb. 43.776 / SP)
Contatos: (61) 3226-2269 / 8114-6632 / imprensa@cncafe.com.br / @pauloandreck

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Crise no setor cafeeiro liga sinal de alerta em produtores no Sul de MG Saca de 60 quilos do café arábica é vendida abaixo do preço de custo. Especialistas apontam ao G1 problemas e soluções para o setor.


Mais uma vez a crise no setor cafeeiro preocupa os produtores no Sul de Minas. Os baixos preços praticados no mercado estão fazendo com que as lideranças do setor já se mobilizem para evitar maiores perdas. Os produtores pedem que as dívidas sejam prorrogadas e que o governo dê subsídios para a classe.
Atualmente, a saca de 60 quilos do café arábica, o principal tipo produzido no Sul de Minas e no Brasil, está sendo vendida em média a R$ 235. No entanto, conforme as cooperativas da região, o preço de custo deste mesmo café não sai por menos de R$ 300. A situação é bem diferente do que em maio de 2011, quando o valor da saca chegou ao pico de R$ 542, a maior alta registrada em 34 anos. Neste ano, o maior valor foi de R$ 343, atingido no dia 21 de janeiro, segundo levantamento do Centro do Comércio do Café de Minas Gerais (CCCMG).
No entanto, se o preço para o produtor vem sendo negociado abaixo da média, nas gôndolas, para o consumidor comum, o preço segue o mesmo.
"Na verdade, para o consumidor que compra o café no supermercado essa situação não reflete. Para a indústria está muito bom, porque está comprando café barato e os preços nas gôndolas não abaixaram. Seria um efeito positivo para o consumidor, mas até agora não estou vendo os preços caírem nos supermercados", diz o gerente de vendas da Cooperativa dos Produtores de Café da Zona de Varginha (Minasul), Marco Antônio Bíscaro.
Principais problemas
Segundo especialistas do setor ouvidos pelo G1, a falta de medidas rápidas por parte do governo e o excesso do produto no mercado estariam provocando uma nova crise. Eles pedem um subsídio para que o produto deixe de vender o produto abaixo do preço de custo. Nem a compra de 3 milhões de sacas ao preço de R$ 343 para pagamento em março de 2014, anunciada durante visita da presidente Dilma Rousseff a Varginha (MG) no início de agosto, foi suficiente para aliviar a situação.
Especialistas apontam problemas e soluções para o mercado de café (Foto: Lucas Soares / Reprodução EPTV)Da esquerda para a direita: Arquimedes Coli Neto, Marco Antônio Bísicaro e Carlos Alberto Paulino da Costa (Foto: Lucas Soares / Reprodução EPTV)
"A medida não surtiu efeito porque o produtor precisa de dinheiro para agora, e não para março, abril. Não atende à maioria dos produtores. A Conab informa que teremos uma safra de 48 milhões, quando sabemos que temos acima disso. Nós estamos com todos os armazéns lotados, com demanda de 50 milhões de sacas e sobra de café. Na verdade, ninguém sabe ao certo o volume que o Brasil colhe. Se nós tivermos uma margem de erro, nós estamos falando em 10 milhões de sacas, o que é café demais para complicar o mercado", diz Archimedes Coli Neto, presidente do CCCMG.
A gente achava que tirando três milhões de sacas do mercado, isso iria fazer com que os preços reagissem. No entanto, não teve efeito.
Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé
Um dos defensores da medida que foi adotada pelo governo foi o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), a maior do setor, Carlos Alberto Paulino da Costa. Segundo ele, caso o governo não tivesse comprado os 3 milhões de sacas, o cenário poderia ser ainda pior.
"A área plantada na nossa região está estagnada há muitos anos. O que tem aumentado é a produção de regiões novas de mecanização intensa. Na nossa região, o que aumentou é a produtividade. O produtor está melhorando os traços culturais, tem uns defensivos melhores, o produtor está melhorando a produtividade. A gente achava que tirando três milhões de sacas do mercado, isso iria fazer com que os preços reagissem. No entanto, não teve efeito. Mas, muitos dizem que se não fosse isso, o café poderia estar ainda mais baixo, poderia ter caído ainda mais", diz Costa.
Outro fator foi o aumento do consumo do café conilon no cenário internacional, o que afetou diretamente o Brasil e os produtores do Sul de Minas, tradicionais na produção e exportação do café do tipo arábica.
"O problema do café é o mercado lá fora. Nós perdemos muito blend (mistura de tipos do produto). O arábica perdeu espaço para o conilon lá fora e isso colaborou para o cenário atual. Nós tivemos duas safras grandes, a safra do ano que vem não deve ser pequena, os estoques estão altos e a demanda lá fora está pequena", diz Marco Antônio Bíscaro.
Segundo especialistas, estoques estão cheios e sobra café no mercado (Foto: Reprodução EPTV)Segundo especialistas, estoques estão cheios e sobra café no mercado (Foto: Reprodução EPTV)
Soluções
Em um cenário onde sobram reclamações e as soluções parecem distantes, as lideranças do café levantam a bandeira de uma maior ajuda aos produtores. Para o presidente da Cooxupé, assim como o Bolsa Família e outros programas assistenciais que já são desenvolvidos, o produtor precisa mesmo é de uma Bolsa Café.
É melhor termos 100 mil pés de café ganhando dinheiro, do que ter 200 mil pés perdendo. Nós chegamos a um limite.
Archimedes Coli Neto, presidente Centro Comércio do Café de Minas Gerais
"A solução é não inventar a roda, fazer o que sempre foi feito. Prorrogar a dívida e dar um subsídio para os produtores. Pela Lei do Crédito Agrícola, existe um preço mínimo para o café que é de R$ 307. Por lei, os produtores têm direito que o governo pague a diferença do preço de mercado. O governo tinha que pagar pelo menos esta diferença para os pequenos, que pelo menos daria para ele sobreviver. Nós estamos trabalhando para isso. Tem o Bolsa Família, o Bolsa Presidiário, por que não uma Bolsa Café?", diz Carlos Alberto Paulino Costa.
Já o presidente do CCCMG cobra a liberação por parte do governo de recursos da Contribuição ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) e de créditos de ICMS e Cofins que ainda não foram liberados para os exportadores. Para ele, faltam medidas mais rápidas e pontuais.
"O governo está prestes a deixar uma crise sem precedentes no setor cafeeiro. O governo é lento, não toma as decisões na hora certa. Ele deixa a crise se estender para depois vir apagar o fogo. O produtor deve parar de plantar café até que a coisa se estabilize. Nós não podemos mais plantar café em um momento em que estamos com sobra. É melhor termos 100 mil pés de café ganhando dinheiro, do que ter 200 mil pés perdendo. Nós chegamos a um limite. Amanhã, se houver maior demanda, nós podemos ter um aumento de produção sem plantar café", diz Archimedes Coli Neto.
Enquanto isso, muitos poderiam ser perguntar: se o café está tão ruim, não é melhor deixar a cultura de lado e partir para investir em outro tipo de cultura?
A baixa existe para os produtos, mas não é sentida pelos consumidores (Foto: Reprodução EPTV)A baixa existe para os produtos, mas não é sentida pelos consumidores (Foto: Reprodução EPTV)
"Nós temos que pensar é na questão social. Na nossa cooperativa, 80% dos cooperados são de pequenas propriedades ou de micro-propriedades, de agricultura familiar. Eles não têm outra opção. Se eles forem sair do café, não tem nada compatível para eles. Só se eles venderem a propriedade e voltarem para a cidade. Ganhando ou perdendo, eles vão ficar naquilo ali. Os grandes ainda plantam milho, gado, mas já investiram muito nas propriedades e se largarem, aquele investimento de R$ 500 mil pra cima não vale mais nada. Assim como o governo tem o Bolsa Família, tem que dar uma ajuda para esses produtores pequenos, porque socialmente, eles são importantes", conclui o presidente da Cooxupé.
Pacto do Café
Para tentar amenizar as dificuldades sofridas nas lavouras da região, cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (MG) apresentaram nesta semana um documento com 18 propostas dirigidas ao governo federal para ajudar na recuperação do setor. O “Pacto do Café” aponta os principais problemas da cafeicultura e sugere soluções para diminuir a crise causada pelos baixos preços do produto. O Pacto do Café trata questões como a compra de insumos e máquinas através das sacas de café, o que já é feito nas cooperativas. O pedido é que o governo financie a troca aceitando a saca como pagamento e que ela seja cotada ao preço de R$ 343, o valor considerado ideal para os produtores para que não haja perdas.
Produtor de lugar nenhum está satisfeito. Só aqui no Brasil o prejuízo foi de cerca de R$ 6 bilhões
Francisco Ourique, superintendente da Cooparaíso
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para o produtor não ter prejuízos nesta safra, a saca de 60 quilos do café arábica teria que ser negociada a R$ 343, valor 31% maior do que é praticado hoje. Segundo o superintendente da Cooparaíso, Francisco Ourique, o Pacto do Café está disponível na internet e já recebeu o apoio de produtores de todo o país e até mesmo do exterior. A cooperativa pretente que o Pacto do Café se torne uma arma importante para mobilizar os produtores e sensibilizar o governo a adotar as medidas urgentes para a cafeicultura.
“Já tem produtores de outros países, como a Colômbia, interessados em nossas propostas. Isso mostra que produtor de lugar nenhum está satisfeito. Só aqui no Brasil o prejuízo foi de cerca de R$ 6 bilhões”, afirma.
O documento será entregue ao Ministério da Agricultura e também vai ser levado a encontros de cafeicultores.
Lucas SoaresDo G1 Sul de Minas

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