quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ampliação de 300% em linha de crédito já beneficiou mais de 2,5 milhões de produtores


Para que histórias como a da agricultora Marília Salete Escher seja cada dia mais uma real idade no rural brasileiro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tem ampliado os recursos investidos em suas políticas a cada Plano Safra


Para que histórias como a da agricultora Marília Salete Escher seja cada dia mais uma realidade no rural brasileiro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tem ampliado os recursos investidos em suas políticas a cada Plano Safra. E com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não é diferente. Na safra 2003/2004, o programa recebeu investimentos de R$ 5,4 bilhões e, hoje, os recursos chegam a R$ 18 bilhões - um avanço de mais de 300%. 

Um bom exemplo dessa realização no meio rural vem do município de Campo Magro (PR). Há 13 anos, a agricultora Marília Salete Escher, 52 anos, e o esposo, decidiram investir na produção orgânica e encontraram no Pronaf a ajuda necessária para incrementar a renda da família. "Começamos a produzir verduras orgânicas e decidimos investir ainda mais na produção de leite. Para isso precisávamos nos enquadrar em algumas normas do estado no que diz respeito à produção animal. Foi onde nós fomos buscar o apoio no Pronaf para a construção da nossa leiteria", conta. 

A família já acessava o Pronaf custeio para a produção de verduras, quando fez um novo financiamento - o Pronaf investimento - para a construção da estrutura física do local de processamento do leite. Com a estrutura construída, eles fizeram mais um projeto, agora para mecanizar a produção. "Fizemos o Pronaf Mais Alimentos para compra de equipamentos, ou seja, a iogurteira, a câmara fria e o pasteurizador. Foi assim que conseguimos construir a nossa agroindústria. Se não tivéssemos condições de acessar o Pronaf a gente não teria continuado com a produção de leite, tínhamos simplesmente parado, vendido as nossas vaquinhas e ponto final", confessa. 

Desde outubro de 2012, a agroindústria Orgânicos Escher possui inscrição estadual para a comercialização de leite e derivados. "Quando a gente tem acesso ao recurso pra poder produzir e tem acesso à comercialização, é muito importante para o nosso desenvolvimento. Gostaria que tivessem existido políticas assim há 30 anos", pondera a produtora. 

Pronaf assegura o desenvolvimento rural - O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não é simplesmente um instrumento de garantia de crédito aos produtores rurais. É uma oportunidade para que os agricultores familiares coloquem em prática o seu projeto de desenvolvimento, suas expectativas de renda e de mudança de vida. Em dez anos, mais de 2,5 milhões produtores contrataram o financiamento do Pronaf seja ele para o custeio da safra, para o investimento em infraestrutura e maquinário ou para o apoio à comercialização dos seus produtos. 

O secretário da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Valter Bianchini, explica que apesar do acréscimo de recursos, o Pronaf adquiriu outras ações que tornaram a política ainda mais efetiva ao longo dos anos. "Além do crédito ter crescido em volume e em números de contratos, ele teve uma abrangência mais nacional. Criaram-se, ao longo da década, linhas importantes como o Agroecologia, o Agroindústria e o Semiárido; bem como instrumentos para dar proteção aos agricultores que é o Seguro da Agricultura Familiar, o Programa de Garantia de Preços (PGPAF) e o Garantia-Safra, além de contar com a política de Ater para a assistência na produção dos agricultores", explica. 

Na avaliação do secretário, essas mudanças conquistadas, ao longo de dez anos, fizeram do programa uma referência. "O Pronaf é hoje uma referência, pelas linhas de financiamento e pela diversidade de instrumentos que ele tem. Instrumentos esses conseguidos em parcerias com vários movimentos sociais organizados que nos ajudam a aprimorar o Pronaf e a qualificar o que já existe. Por meio de uma política como essa, nós chegamos a todos os municípios brasileiros", ressalta. 

Como acessar - Para acessar uma das 16 linhas de financiamento do Pronaf, o agricultor deve, primeiramente, avaliar com a família o projeto que deseja desenvolver na propriedade. Pode acessar o Pronaf, o agricultor identificado com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Com o documento em mãos, o produtor deve procurar o apoio da empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do município para elaborar o Projeto Técnico de Financiamento, que deve ser encaminhado para análise de crédito e aprovação do agente financeiro (banco). O agricultor que quer contratar o Pronaf precisa ter renda bruta anual de até R$ 160 mil. 

Se o projeto for aprovado, o agricultor familiar está apto para acessar o recurso e começar sua iniciativa. O financiamento também pode ser acessado por produtores organizados em cooperativas ou associações, devidamente formalizadas com a DAP jurídica. 

Pronaf - O Pronaf é o programa de crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que permite acesso a recursos financeiros para o desenvolvimento da agricultura familiar. Beneficia agricultores familiares, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais, que podem fazer financiamentos de forma individual ou coletiva, com taxas de juros abaixo da inflação (até 4%). Facilita a execução das atividades agropecuárias, ajuda na compra de equipamentos modernos e contribui no aumento da renda e melhoria da qualidade de vida no campo. Atualmente, são 16 linhas de crédito e investimento do Pronaf que atendem: mulheres, jovens, assentados da reforma agrária, produtores rurais, além de povos e comunidades tradicionais.

CNA

FAEMG orienta cafeicultores afetados pelo granizo


Em pleno início do período de colheita, cafeicultores do Sul de Minas foram surpreendidos nos últimos dias por fortes chuvas de granizo que acarretaram grande prejuízo. 
 
A FAEMG lembra que há previsão de recursos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) para linha de crédito diferenciada para financiamento da recuperação de lavouras de café afetadas por este tipo de fenômeno. 
 
A entidade está orientando os produtores atingidos a documentar os estragos por meio de registro fotográfico e de laudo técnico. “Em seguida, eles devem procurar o Sindicato de sua região, que encaminhará toda a documentação para a FAEMG intermediar o acesso ao repasse junto ao Ministério da Agricultura”, explica o diretor da entidade e presidente das comissões nacional e estadual de café, Breno Mesquita.

FAEMG

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Safra menor de café


A produção de café arábica em Minas Gerais foi estimada em 25,21 milhões de sacas na safra 2013, o volume representa uma queda de 5,4% quando comparada com as 26,6 milhões de sacas geradas na safra anterior. A queda se deve basicamente a bienalidade negativa da cultura em algumas regiões produtoras. Os dados são do segundo levantamento para a safra de café elaborado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
 
De acordo, o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), João Ricardo Albanez, até o momento o desenvolvimento da cultura está dentro do esperado.
 
"Nossa expectativa em relação à qualidade da safra é positiva, os produtores mineiros estão investindo nos cuidados com a produção, o que reflete na qualidade dos grãos. Em relação ao mercado, a situação ainda é muito incerta principalmente pela expectativa da safra atual ser pouco menor que a anterior", disse Albanez.
 
A produtividade média do Estado foi calculada em 24,62 sacas de café por hectare. O recuo na produção do grão, de 5,4%, foi minimizado pela expectativa de uma boa safra de café nas regiões que apresentam inversão da bienalidade, como a Zona da Mata e a Serra da Mantiqueira na região Sul de Minas.
 
Produção
 
De acordo com dados da Conab, em Minas Gerais está concentrada a maior área de produção com 1,021 milhão de hectares, predominando a espécie arábica com 98,8%. A área total estadual representa 52,66% da área cultivada com café no país e, conseqüentemente, a primeira do ranking nacional.
 
Em relação ao parque cafeeiro destinado à produção de café arábica as áreas de formação somam 199,1 mil hectares, onde foram implantadas 711,8 milhões covas. A área em produção é de 1,02 milhão de hectares, com 3,15 bilhões de covas.
 
A produção de café na região do Cerrado foi estimada em 4,892 milhões de sacas de 60 quilos, o que se confirmado representará um decréscimo de 21,5%. A área de café em produção permaneceu praticamente estável, com uma variação positiva de apenas 0,56% em relação à safra passada. A produtividade deverá sofrer uma redução de 28,09%, passando de 36,99 sacas por hectare em 2012, para 28,88 sacas por hectare em 2013.
 
Segundo técnicos da Conab, a redução na safra do Cerrado se deve ao ciclo bienal da cultura, que alterna um ano de maior produção, com outro de menor produção. Com o crescente investimento nas lavouras, principalmente ao longo das duas últimas safras, quando a commoditie atingiu recorde nas cotações, verificou-se uma elevação nos níveis de produtividade média da cultura, e conseqüentemente, um aumento da produção de café na região, tanto no ciclo de baixa, como no de alta bienalidade.
 
A renovação das lavouras, melhoria dos tratos culturais, adoção de diferentes tipos podas, mecanização e irrigação, são exemplos de práticas adotadas e intensificadas pelos produtores, buscando maior rentabilidade para a cultura, frente aos crescentes custos de produção.
 
Regiões
 
Na Zona da Mata os levantamentos de campo da Conab apontam para um aumento da produção de 26,2% quando comparada com a safra anterior, rendendo 7,55 milhões de sacas de 60 quilos. A área em produção para a região está estimada em 308,42 mil hectares, com crescimento de 1,5% em relação à safra passada. A produtividade média alcançada foi de 25,11 sacas por hectare.
 
A expectativa de crescimento da produção se deve à bianualidade positiva das lavouras, a melhora dos tratos culturais, a baixa carga produtiva na safra 2012 e às condições climáticas favoráveis no período pós-floradas, o que promoveu o bom desenvolvimento das lavouras, confirmando as expectativas de uma excelente safra na região.
 
Já a produção de café arábica para a região do Sul de Minas foi estimada em 12,108 milhões de sacas, representando uma redução de 12,2% quando comparada à safra 2012. A queda é justificada pela bianualidade negativa. A queda poderia ser maior, mas sofreu interferência da boa produtividade das lavouras localizadas nas regiões da Serra da Mantiqueira e Centro-Oeste, o que foi promovida pelo manejo diferenciado com diversos tipos de podas, fazendo com que a produção não oscile muito de uma safra para outra.
 
Nas regiões Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri a produção estimada é de 752 mil sacas de 60 quilos de café, com uma produtividade média de 19,83 sacas por hectare. Apesar das condições climáticas adversas, a produção desta safra será apenas 4,1% menor do que a anterior.

Diário do Comércio

FAEMG

terça-feira, 14 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Preço mínimo no fundo da xícara



O novo preço mínimo da saca de café, de R$ 307, é 17,3% maior frente ao que era praticado de 2009 até a semana passada 
(R$ 261,69). Mas não vai ser suficiente para o produtor arcar com os custos da safra que começa a ser colhida agora no Sul de Minas. Na maior região produtora do grão no estado, o agricultor tem gasto de R$ 315 a R$ 340 para bancar os custos necessários para ensacar 60 quilos de café verde. Tanto que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) fechou as contas e considerou que o preço mínimo deveria ficar em R$ 336. 
O valor de garantia anunciado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) foi considerado injustificável pelos cafeicultores mineiros. “O que está contando é especulação, não é a realidade”, afirma o representante comercial Marco Antônio Tempesta, que planta café em um sítio em Varginha, no Sul do estado. Ele mesmo calcula que seu custo de produção por saca varia de R$ 330 a R$ 340. E lembra que nos últimos anos os insumos encareceram muito, assim como a mão de obra. Novas exigências de contratação de temporários e de montagem de estrutura nas fazendas pesou no orçamento. “Não ligamos de pagar, mas nossa atividade tem que ter a remuneração adequada.”
João Roberto Puliti, que produz o grão em São Gonçalo do Sapucaí, também no Sul do estado, diz que apenas para arcar com a contratação do apanhador de café o custo é de R$ 170 por saca. Há ainda manutenção da fazenda durante todo o restante do ano, os gastos com adubos e fertilizantes, transporte, energia e beneficiamento até enviar o produto para a cooperativa. “A saca chegou a 
R$ 500, tudo subiu. Agora baixou para a média de R$ 280. Soube de produtor que está sem dinheiro pra comprar óleo de trator”, conta. Para ele, o pleito dos cafeicultores ao governo federal foi justo, principalmente em um cenário de estoques mundiais baixos. “Deveria ter sido atendido. O café, quando remunera o produtor, gera renda pra uma cadeia inteira, de muita gente.”
O assessor especial de Café da Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Niwton Castro Moraes, lembra que “havia a expectativa de aprovação do preço pleiteado pelos produtores, principalmente neste momento de baixa do café e perdas na atividade”. O preço mínimo de R$ 340 tinha o aval do governo do estado. O presidente da FAEMG, Roberto Simões, e o presidente das comissões de Café da entidade e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Breno Mesquita, criticaram a decisão do Mapa. “Demonstra insensibilidade do governo com a gravidade e urgência do problema”, disse Simões. “Rasgaram o cálculo de custo de produção da Conab.” Para Mesquita, uma única palavra define a decisão sobre o preço mínimo: “decepção”. Até o fim da semana passada, representantes da Faemg e da CNA ainda tentavam entender quais foram as justificativas para a definição do valor de referência para a saca.

Estado de Minas

FAEMG

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha Arnaldo Bottrel Reis eleito novo Presidente da ASSUL- Associacao dos Produtores Rurais do Sul de Minas,Secretario Presidente do Sindicato Dos Produtores Rurais de Lavras Eduardo de Carvalho Pena,Tesoureiro Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campanha Romeu Andrade Mendes Filho.


Foto Marcial Ramos
Arnaldo Bottrel Reis presidente da ASSUL Associação dos Produtores Rurais do Sul de Minas, Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha,Secretario Eduardo de Carvalho Pena,  Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lavras, Tesoureiro Romeu Andrade Mendes Filho, Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campanha. 

Foto Marcial Ramos
Diretoria eleita: ASSUL -Associação dos Produtores Rurais do Sul de Minas

Foto Marcial Ramos
Associados da ASSUL e Diretoria eleita 2013/2016

DIRETORIA ASSUL-2013/2016

PRESIDENTE: ARNALDO BOTTREL REIS - VARGINHA
VICE-PRESIDENTE: JOSÉ MARIA PONTES - MONTE SANTO DE MINAS
1º SECRETÁRIO: EDUARDO DE CARVALHO PENA - LAVRAS
2º SECRETÁRIO: TONY REIS LEMOS - CARMO O RIO CLARO
1º TESOUREIRO: ROMEU ANDRADE MENDES FILHO - CAMPANHA
2º TESOUREIRO: PEDRO ALVES DE BARROS - ALFENAS
CONSELHO FISCAL: FRANCISCO EUGÊNIO RIBEIRO - BAEPENDI
CONSELHO FISCAL: LENILTON SOARES - GUAPÉ
CONSELHO FISCAL: SOELITON JOSÉ REIS - CARMO DA CACHOEIRA
SUPLENTE CONSELHO FISCAL: JOÃO JORGE SIMÃO - JACUÍ
SUPLENTE CONSELHO FISCAL: BALTAZAR ALVES - AREADO
SUPLENTE CONSELHO FISCAL: ANTÔNIO CARLOS PITONDO - GUARANÉSIA



quarta-feira, 8 de maio de 2013

Preço mínimo do café desagrada setor


O novo preço mínimo do café, fixado em R$ 307 a saca de 60kg desagradou os cafeicultores e entidades do setor. O valor de garantia anunciado pelo Mapa (Ministério da Agricultura) nesta terça (07/05) ficou abaixo do valor pleiteado para pôr fim à crise do café que já assola o país. O mínimo pedido pelo setor produtivo era de R$ 336, média nacional de custo de produção da saca, segundo cálculo do próprio Governo Federal (Conab).
 
O presidente da FAEMG, Roberto Simões, e o presidente das Comissões de Café da entidade e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Breno Mesquita, criticaram a decisão do Mapa. “A decisão demonstra insensibilidade do Governo com a gravidade e urgência do problema”, disse Simões logo após o anúncio. “Rasgaram o cálculo de custo de produção da Conab e não levaram em consideração o trabalho elaborado pela CNA/UFla. A pergunta é: de onde surgiu esse preço? O que o Ministério da Fazenda levou em consideração para criar esse marco de 307 reais?”
 
Mesma opinião compartilha o presidente das comissões nacional e estadual de café, Breno Mesquita. “Uma única palavra: decepção. Apesar de todo o trabalho e o empenho, fica nítido para o setor o desinteresse do Governo Federal com um problema que não é apenas do produtor do café, mas é do prefeito, do governador, do presidente e de todo o povo brasileiro, pela importância da cafeicultura para a geração de emprego e renda, e o impacto negativo gerado na economia de milhares de municípios”. Mesquita lembra que o impacto econômico da crise do café afetará mais de oito milhões de brasileiros que dependem de alguma forma da atividade: “Esses são os brasileiros que hoje perguntam ao Governo: de onde veio esse preço?”
 
Mobilização
 
Foi intensa a campanha mineira liderada pela FAEMG pela elevação do preço mínimo do café. O valor de garantia de R$ 261 não era revisto desde 2009. Nas últimas semanas, Roberto Simões esteve reunido com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e com a senadora e presidente da CNA, Kátia Abreu, pedindo apoio à reinvindicação.  A Federação mineira promoveu ainda intensa mobilização junto aos produtores, sindicatos, cooperativas e lideranças regionais da cafeicultura em todo o estado, com envio de centenas de e-mails, telegramas e telefonemas ao Ministério da Agricultura pela aprovação.
 
Segundo o presidente da FAEMG, mesmo com o anúncio do Mapa, a mobilização deve continuar. “O preço mínimo aprovado, de R$ 307 não será suficiente para pôr fim à crise do café. Temos a obrigação de reunir todo o setor e definirmos uma estratégia para continuar buscando as políticas de mercado que seriam a sequência lógica do processo: opções de compra e Pepro”. 
 
Entenda a crise do café
 
Para explicar a origem da atual crise do setor cafeeiro, o diretor da FAEMG e presidente da Comissão Técnica de Cafeicultura da entidade e da CNA, Breno Mesquita lembra que o aumento progressivo do consumo do grão em todo mundo (crescimento médio de 2% ao ano) pautou um planejamento federal de aumento da produtividade do país para atender a demanda. “Assim, com a safra de ciclo alto do último ano e uma safra atual registrando volume superior à média dos anos de ciclo baixo, o mercado tornou-se fortemente especulativo, o que derrubou a cotação do café abaixo dos custos de produção” conta. 
 
O presidente da FAEMG, Roberto Simões afirma que a implementação de políticas de garantia, com preço mínimo corrigido, financiamento e programas de leilões são medidas essenciais para pôr fim à crise no setor. “O consumo do café continua crescendo e não há estoques mundiais. Não há razão para essa permanência do café em patamares de preços tão baixos. Nesse momento, é preciso discutir novamente uma política de sustentação e de garantia do produtor, que dê novo alento ao mercado”. 
 
Simões lembra que a medida já foi utilizada, com sucesso, em cenários semelhantes, sem grande ônus à União. Ele cita, como exemplo, o programa de opções de compra pelo Governo. “O Governo nunca precisou comprar estoques grandes, basta sinalizar que há garantia e o mercado tende a reagir”, explica. 
 
 
Impacto
 
Os baixos preços do café têm impacto direto na economia mineira. O grão é cultivado em 607 dos 853 municípios do Estado, sendo a principal atividade econômica em 340. 
 
Se Minas fosse um país, seria o maior produtor mundial de café. Para se ter uma ideia, no ano-safra 2012/2013, uma em cada cinco xícaras de café consumidas no mundo saiu de Minas Gerais. Maior colheita nos 300 anos de cultivo do grão no Brasil, a safra 2012 totalizou 50,48 milhões de sacas em todo o país, um crescimento de 16,1% em comparação com a anterior. Deste total, 26,63 milhões (cerca de 52%) tiveram origem em Minas Gerais, em área plantada de 1,1 milhão de hectares, distribuídos por mais de 600 municípios.. Segundo a OIC a produção mundial no período foi de 127,41 milhões de sacas, o que confirma a participação mineira da ordem de 20,9%. Para 2013, safra de ciclo baixo, a produção esperada para o país é de cerca de 47 milhões de sacas, sendo 25,7 milhões produzidas em Minas Gerais.
 
Em 2012, o café respondeu por R$ 11,4 bilhões (produção e indústria), ou 8,6% do PIB do agronegócio mineiro, que somou R$ 132,4 bilhões.  O Valor Bruto da Produção de Café em 2012 somou R$ 10,9 bilhões, com a saca comercializada a um preço médio de R$ 407,60. O VBP do café representa 31% do valor da soma dos 20 principais produtos agrícolas de Minas Gerais. Para 2013, o VBP de café está estimado em R$ 8 bilhões. 
 
O café é também o principal produto de exportação do agronegócio e o segundo na pauta total de Minas Gerais, atrás apenas do minério de ferro.  Em todo o ano de 2012, as exportações de café por Minas Gerais somaram US$ 3,8 bilhões, o equivalente a 48% das vendas internacionais do agronegócio. Os principais destinos foram Alemanha, Estados Unidos, Japão e Itália, que juntos responderam por 59,8% das compras de café.  Somente no primeiro bimestre de 2013, 2,8 milhões de sacas saíram de Minas rumo ao exterior, rendimento de US$ 561,1 milhões.

FAEMG

terça-feira, 7 de maio de 2013

OIC ELEVA PROJEÇÃO DE PRODUÇÃO GLOBAL DE CAFÉ A 144,7 MI DE SACAS


A Organização Internacional do Café (OIC) elevou ligeiramente sua estimativa para a produção global de café em 2012/13, para 144,7 milhões de sacas de 60 kg, apontou a entidade em relatório mensal desta terça-feira.


O número supera a estimativa anterior de 144,6 milhões de sacas de café e representa um aumento de 6,9 por cento no ano-safra.


A OIC reiterou sua expectativa de que a ferrugem da folha do café na América Central deverá reduzir a produção da região em cerca de 2,3 milhões de sacas.


O consumo mundial para o ano calendário 2012 foi estimado em 142 milhões de sacas, aumento de 2,2 por cento no ano.

Fonte: Reuters

CCCMG

CCCMG : Produtores estao apreensivos com novo preco minimo da saca de cafe



Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha Arnaldo Bottrel Reis participou de entrevista 06/05 no Jornal da EPTV - 2ª Edição sobre preço minimo da saca de café.

CCCMG : Produtores estao apreensivos com novo preco minimo da saca de cafe

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Calendário de vacinação contra aftosa é alterado


Os estados do Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas, além de parte dos municípios de Minas Gerais e Pernambuco, terão alterações no calendário da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, que começa nesta quarta-feira, 1º de maio. A informação foi divulgada por meio de nota técnica pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).


A vacinação foi adiada para junho no Rio Grande do Norte e para julho em Sergipe, Alagoas e nos municípios do Agreste e Sertão de Pernambuco. Em Minas Gerais, o prazo foi prorrogado para 30 de junho em 120 municípios (nas coordenadorias regionais de Amenara, Janauba e Montes Claros).
Apesar não haver alterações no calendário da Bahia, 261 municípios do estado que decretaram situação de emergência serão acompanhados. Caso necessário, poderá ser adotada uma nova estratégia com tratamento diferenciado aos produtores que comprovarem não ter condições de vacinar seus animais.
“A flexibilização nessas localidades é justificada pela falta de chuvas, que tem comprometido o abastecimento de água e até mesmo a alimentação dos rebanhos”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques.
No restante do país, a programação segue inalterada. Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e Distrito Federal começam em maio a vacinação de todo o rebanho de bovinos e bubalinos, sendo que Amazonas e Pará iniciaram em março o processo de imunização. Já nos estados do Acre, Espírito Santo, Paraná, Rondônia (onde a campanha começou em abril) e São Paulo serão vacinados os animais com idade abaixo de 24 meses.
A expectativa do Ministério da Agricultura é que 166 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira etapa. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, o sucesso da campanha depende também da participação ativa dos produtores. “Estamos próximos de reconhecer o Brasil como livre de aftosa com vacinação, mas para isso é necessário que os produtores também colaborem, vacinando corretamente o gado e mobilizando os vizinhos para a campanha”.
Clique aqui para conhecer os procedimentos corretos para a imunização do rebanho e aquipara mais informações quanto à campanha de vacinação contra a febre aftosa.
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-3089/2203
Carlos Mota
carlos.mnascimento@agricultura.gov.br




CANCELADO ANÚNCIO DO PREÇO MÍNIMO DO CAFÉ




O anúncio do preço mínimo do café foi cancelado. O novo valor seria divulgado na tarde desta quinta-feira, pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, às 15h. A pasta não vidulgou a nova data para o anúncio. O valor atual, congelado em R$ 261 desde 1999, é considerado muito inferior aos custos de produção do grão.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões, o preço defendido é de R$ 336,13, que equivale ao custo médio de produção da saca de 60kg no Brasil, segundo cálculo oficial da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab.

Entenda a crise do café

Para explicar a origem da atual crise do setor cafeeiro, o diretor da FAEMG e presidente da Comissão Técnica de Cafeicultura da entidade e da CNA, Breno Mesquita lembra que o aumento progressivo do consumo do grão em todo mundo (crescimento médio de 2% ao ano) pautou um planejamento federal de aumento da produtividade do país para atender a demanda. “Assim, com a safra de ciclo alto do último ano e uma safra atual registrando volume superior à média dos anos de ciclo baixo, o mercado tornou-se fortemente especulativo, o que derrubou a cotação do café abaixo dos custos de produção” conta.

O presidente da FAEMG, Roberto Simões afirma que a implementação de políticas de garantia, com preço mínimo corrigido, financiamento e programas de leilões são medidas essenciais para pôr fim à crise no setor. “O consumo do café continua crescendo e não há estoques mundiais. Não há razão para essa permanência do café em patamares de preços tão baixos. Nesse momento, é preciso discutir novamente uma política de sustentação e de garantia do produtor, que dê novo alento ao mercado”.

Simões lembra que a medida já foi utilizada, com sucesso, em cenários semelhantes, sem grande ônus à União. Ele cita, como exemplo, o programa de opções de compra pelo Governo. “O Governo nunca precisou comprar estoques grandes, basta sinalizar que há garantia e o mercado tende a reagir”, explica.

Fonte: Faemg

Sancionada lei para renegociação da Dívida Ativa

Sancionada lei para renegociação da Dívida Ativa

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

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ALUGAMOS PARA EVENTOS

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PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

DECLARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ANORMALIDADE NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE VARGINHA, ESTADO DE MINAS G

DECLARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ANORMALIDADE NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE VARGINHA, ESTADO DE MINAS G

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