sábado, 30 de março de 2013

Novo presidente da Emater prioriza agricultura familiar e prevê expansão de atividades da instituição



Sustentabilidade, qualificação e agregação de valor serão o foco da gestão do engenheiro agrônomo José Ricardo Ramos Roseno, à frente da empresa desde fevereiro
Divulgação/Emater-MG
O engenheiro agrônomo José Ricardo Ramos Roseno, à frente da Emater, tem metas ambiciosas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado
O engenheiro agrônomo José Ricardo Ramos Roseno, à frente da Emater, tem metas ambiciosas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado
Empossado no último mês para o cargo de presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), o engenheiro agrônomo José Ricardo Ramos Roseno tem metas ambiciosas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar no Estado em sua gestão.
Além de parcerias com outros órgãos dos governos estadual e federal e com entidades ligadas aos trabalhadores rurais e do agronegócio, Ricardo Roseno, que há 18 anos é funcionário de carreira da Emater, ressalta a necessidade de universalizar a extensão a todos os municípios mineiros. A sua intenção é expandir as atividades da Emater como um todo, principalmente nos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas.
“Nosso principal desafio é fazer com que a Emater retome o seu papel de protagonista, com atuação decisiva na melhoria da qualidade de vida das famílias mineiras e na redução das desigualdades entre pessoas e regiões”, afirma.
Aliado aos objetivos do Governo de Minas Gerais nessa área, que incluem a expansão e a qualificação da atividade agropecuária mineira,o novo presidente da instituição frisa que  sua gestão será baseada na qualidade dos serviços de assistência técnica e extensão rural e na geração de resultados concretos para a sociedade, em especial para os agricultores familiares, contemplando, ainda, o conceito de sustentabilidade.
“Para tanto, implementaremos uma metodologia de assistência técnica à propriedade rural, que vai orientar o agricultor, tendo em vista a responsabilidade econômica, o ganho ambiental e também o desenvolvimento de toda a sociedade”, planeja.
Além do estímulo aos produtores rurais na adoção de novas tecnologias a fim deagregar valor aos produtos oriundos da agricultura familiar, a permanência dos jovens no campo será incentivada por meio do Projeto Transformar, priorizando a qualificação profissional, informa o presidente. “O objetivo é promover a formação crítica, cidadã e profissional dos jovens rurais, habilitando-os para a implementação de projetos produtivos, com geração de trabalho e renda”, salienta Ricardo Roseno.
Confira a seguir trechos daentrevistaconcedida pelo novo presidente da Emater-MG à Agência Minas:
Como funcionário de carreira da Emater e conhecedor das atividades da empresa, quais são os desafios a serem enfrentados nos próximos anos na sua avaliação?
Acreditamos que o grande desafio é promover a assistência técnica e extensão rural para o desenvolvimento sustentável. A Emater consolidou a metodologia de extensão rural, denominada Mexpar (Metodologia Participativa de Extensão Rural para o Desenvolvimento Sustentável), que hoje é referencial não apenas para Minas Gerais mas para todo o país. Entretanto, agora precisamos pensar com mais ênfase na sustentabilidade. Para tanto, implementaremos  também uma metodologia de assistência técnica que vai orientar o agricultor tendo emvista a responsabilidade econômica, o ganho ambiental e também o desenvolvimento de toda a sociedade.
É fundamental resgatarmos o papel de orientação tecnológica de nossos colegas extensionistas, priorizando a adoção de indicadores socioeconômicos e ambientais para a adequação de propriedades rurais. Ou seja, trabalhar a organização para a gestão coletiva de projetos de desenvolvimento rural sustentável, sem perder o foco no desenvolvimento da unidade produtiva e dos agricultores familiares.
Também estamos convictos de que é necessário implementar mudanças para que a Emater retome o seu papel de protagonista com atuação decisiva na melhoria da qualidade de vida das famílias mineiras e na redução das desigualdades entre pessoas e regiões. Assim, estamos redesenhando os setores da empresa, revisando nosso planejamento estratégico, pensando na Emater não somente agora, mas daqui a 20 anos. Tambémé preciso intensificara utilização de ferramentas de gestão, que são importantes para a tomada de decisão em tempo hábil.
Que planos a nova diretoria tem para ampliar as atividades da Empresa? Quais são as áreas prioritárias?
Esta gestão será baseada na qualidade dos serviços de assistência técnica e extensão rural e na geração de resultados concretos para a sociedade, em especial para os agricultores familiares. A nossa meta é universalizar a extensão, levá-la a todos os municípios de Minas.
Estamos dispostos a negociar para que os municípios que ainda não são atendidos pela empresa passem a ser. Desenvolveremos as áreas de planejamento,  técnica e de recursos humanos, como forma de fortalecer a Emater e de capacitar os profissionais que atuam para a melhoria da qualidade de vida das famílias mineiras.
Na sua avaliação, existe espaço para ampliação e fortalecimento da agricultura familiar em Minas?
Com certeza podemos fortalecer, e muito, a agricultura familiar em nosso Estado. Para tanto, é fundamental a articulação com outros órgãos e entidades do Governo de Minas, sob a premissa do trabalho em rede e a gestão para a cidadania, empreendidas pelo governador Antonio Anastasia.
Também é necessário que tenhamos um posicionamento político no âmbito federal, notadamente por meio da Associação Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), para que o sistema brasileiro assistência técnica e extensão rural se consolide cada vez mais e para que sejam criadas novas formas de financiamento da assistência técnica pública estatal brasileira.
"Buscaremos constantemente pensar as estratégias e o papel da Emater
para a consolidação de políticas públicas e o fortalecimento
das cadeias produtivas prioritárias de Minas Gerais"

Em quais regiões a Emater precisa reforçar a atuação?
Há algumas regiões do Estado que são mais carentes, como o Norte de Minas e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Com altos índices de pobreza, as famílias ainda lutam contra a seca e a fome. Por isso, precisamos investir em programas como o Minas Sem Fome, que busca a segurança alimentar e nutricional, com redução da pobreza, resgate da cidadania e inclusão produtiva de pessoas, por meio de ações voltadas para a produção de alimentos, agregação de valor e geração de renda.
Por meio do Programa Minas Sem Fome, a população rural ou urbana, em situação de vulnerabilidade social, organizada por meio de entidades comunitárias, sem fins lucrativos e legalmente constituídas, é atendida com projetos de interesse coletivo. Entre as principais ações do programa estão a distribuição de sementes, a implantação de hortas e sistemas comunitários de abastecimento de água e a entrega de tanques de resfriamento de leite.
A Emater é responsável pela mobilização dos agricultores, compra e distribuição dos insumos e assistência técnica. Além disso, a empresa capacita os agricultores para que eles utilizem corretamente os equipamentos e produzam melhor. Dessa forma, as famílias têm mais possibilidades de obter sucesso com os projetos.
A Emater pretende fortalecer parcerias com os bancos de fomento que atuam no Estado?
Buscaremos constantemente pensar as estratégias e o papel da Emater para a consolidação de políticas públicas e o fortalecimento das cadeias produtivas prioritárias de Minas Gerais, junto com as entidades representativas como Fetaemg, Contag, Fetraf, Faemg, Ocemg,e com os agentes financeiros, a exemplo do Banco do Brasil e Banco do Nordeste.
Também estaremos juntos com os ministérios da Pesca, do Trabalho, da Agricultura, Abastecimento e Pecuária e com os demais órgãos federais que tenham por perspectiva a promoção do desenvolvimento rural sustentável.
A cada ano o agronegócio brasileiro tem se tornado cada vez mais competitivo e profissionalizado. Nesse sentido, como a Emater pretende atuar para viabilizar o acesso dos pequenos e médios produtores rurais às novas tecnologias?
A Emater é a ponte entre a produção de conhecimento e a produção agropecuária, com os seus extensionistas levando ao produtor rural -principalmente ao pequeno produtor - meios para que ele incorpore ao seu dia a dia a evolução desenvolvida na universidade e na indústria. A empresa atua reforçando o uso de tecnologias compatíveis com o ambiente e os recursos das propriedades rurais.
E a questão da comercialização, que ainda se constitui num entrave para muitos produtores rurais, como será encarada?
A empresa investirá na agregação de valor aos produtos da agricultura familiar, como forma de assegurar a eles mais competitividade no mercado e também mais qualidade aos  alimentos que vão para a mesa dos consumidores. Para isso, trabalharemos com a elaboração de projetos, captação de recursos e capacitação dos produtores em boas práticas agropecuárias e de fabricação.
E os conhecimentos que a Emater leva aos produtores também são fundamentais para assegurar uma produção com mais qualidade e valor agregado. É dever da empresa assessorar os agricultores para que eles consigam inserir seus produtos no mercado formal, cumprindo as exigências legaiscomo critérios trabalhistas, previdenciários, fiscais e ambientais e também assegurando qualidade para o consumidor.
Um bom exemplo é o café: os produtores cadastrados no Certifica Minas recebem orientações gratuitas da Emater para adequar as propriedades às normas de certificação. São cerca de 90 itensque devem ser obedecidos para se obter a aprovação, que cobra desde a adequação à legislação trabalhista até ouso correto de agrotóxicos e a rastreabilidade do produto final, o que significa identificação registrada de todo o café produzido. No final do processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz uma auditoria nas propriedades para aprovar as fazendas que seguiram corretamente os critérios estabelecidos. Este trabalho tem valorizado o café mineiro e oferecido maior lucro aos cafeicultores.
"A Emater é a ponte entre a produção de conhecimento
e a produção agropecuária, com os seus extensionistas
levando ao produtor rural meios para que ele incorpore
ao seu dia a dia a evolução desenvolvida na universidade e na indústria"

Quais são os planos para a área de desenvolvimento social envolvendo, principalmente, as mulheres e os jovens do meio rural?
Ainda hoje, muitos jovens brasileiros deixam o campo em busca de oportunidades na cidade, já que os centros urbanos exercem uma grande atração sobre eles, que buscam alternativas econômicas e educativas diferentes daquelas encontradas no meio rural.  Como reflexo, além do envelhecimento da população rural, percebemos que as cidades também não comportam o aumento da população urbana. Outra preocupação deve-se ao fato de que nos jovens rurais está depositada a continuidade da atividade agrícola das famílias do campo, responsáveis pela capacidade produtiva do país.
Porém, para que os jovens permaneçam no campo é preciso investir no desenvolvimento da juventude rural. E esta será uma das prioridades da Emater. Para tanto, investiremos no Projeto Transformar, que incentiva a permanência do jovem rural no campo, por meio da qualificação profissional. Com este projeto, a Emater oferece capacitação a filhos e filhas de agricultores familiares, na faixa etária de 16 a 29 anos.
Os jovens frequentam  cursos que utilizam um método pedagógico que alia teoria,  em salas de aula,  à prática na comunidade onde residem. O objetivo é promover a formação crítica, cidadã e profissional dos jovens rurais, habilitando-os para implementação de projetos produtivos, com geração de ocupação e renda. Ao final das capacitações, o jovem está apto a construir um projeto, de acordo com as próprias habilidades e a realidade em que vive, podendo se candidatar à linha de crédito Pronaf Jovem para montar o próprio negócio.
Além do programa Transformar,a Emater, em parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego, vai implementar o programa de Inclusão Produtiva, que identifica oportunidades de negócios, priorizando jovens e mulheres. Assim, com base nos nichos de mercado, as pessoas são capacitadas e a secretaria viabiliza os investimentos para que os jovens e as mulheres possam iniciar os seus empreendimentos
Agência Minas- Notíicias

sexta-feira, 29 de março de 2013

CMN autoriza pagamento em 12 vezes de dívida de estocagem de café Conselho Monetário Nacional frustrou as expectativas dos cafeicultores e não analisou o voto sobre o novo preço mínimo de garantia do produto


AP Photo/ David McFadden
Foto: AP Photo/ David McFadden
Pela decisão, os produtores terão até 31 de maio para formalizar a reprogramação do pagamento das dívidas, que começaram a vender em junho
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nessa quinta, dia 28, o pagamento parcelado em 12 meses dos financiamentos de estocagem contraídos pelos cafeicultores. O prazo original do vencimento do crédito é de duas parcelas semestrais (180 e 360 dias).

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, João Rabelo, explicou que o objetivo da medida é "dosar a entrada" dos cafés estocados, uma vez que os preços ainda continuam deprimidos. Ele afirmou que a maioria das parcelas está vencendo no primeiro trimestre. Pela decisão, os produtores terão até 31 de maio para formalizar a reprogramação do pagamento das dívidas, que começaram a vender em junho. A decisão atinge dois mil contratos no valor de R$ 600 milhões.
O CMN frustrou as expectativas dos cafeicultores e não analisou o voto sobre o novo preço mínimo de garantia do café. Os produtores aguardavam um reajuste de R$ 262 para R$ 340 por saca. Rabelo afirmou que o assunto ainda está sendo analisado junto ao Ministério da Agricultura, "pois tem uma série de implicações" na política de apoio ao setor. Rabelo justificou que como a safra ainda começará a ser colhida, "há tempo para que definir qual será o melhor preço e também as ações complementares".
RuralBR-Agricultura

quinta-feira, 28 de março de 2013

Antônio Andrade: preço mínimo e escalonamento da dívida resolvem problema do café


 
O ministro da Agricultura, Antônio Andrade (foto: divulgação Mapa), acredita que o setor cafeeiro será plenamente atendido pelas medidas que serão anunciadas pelo governo. Serão suficientes, segundo ele, para evitar pressão de oferta sobre os preços. Entre elas estão preço mínimo de R$ 340/saca e o escalonamento do vencimento das parcelas dos financiamentos de estocagem.
 
Ele lembra que as dívidas têm vencimento semestral e, como metade das parcelas vence em abril, pode haver uma pressão maior sobre os preços, que estão em queda no mercado internacional. A ideia é dividir o vencimento das parcelas em 12 meses e assim o cafeicultor não seria obrigado a vender grandes volumes de café para quitar os financiamentos.
 
Em relação ao pedido dos cafeicultores de realização de leilões de opções de venda ao governo a partir de um preço de referência de R$ 380/saca e compras oficiais para repor estoques de até 9 milhões sacas em três anos, Antônio Andrade afirmou que, por enquanto, as medidas não serão necessárias.
 
O ministro reconhece que o preço atual de R$ 300/saca não remunera o custo de produção calculado pela Conab em R$ 336/saca, mas acredita que a elevação do valor mínimo de garantia contribuirá para dar sustentação ao mercado. O preço mínimo também serve de referência nos financiamentos de custeio e estocagem concedidos pelo governo para os cafeicultores.
 
Andrade afirmou que o governo não irá conceder crédito para plantio de novos cafezais e que a prioridade será financiar a melhora nos tratos culturais para aumentar a produtividade das lavouras, como a renovação das lavouras e adensamento. O objetivo é produzir cafés de melhor qualidade, diz ele.
 
  Venilson Ferreira
 
Agência Estado
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

GOVERNO FAZ AJUSTES EM PROPOSTA PARA PREÇO MÍNIMO DO CAFÉ

 

 A área econômica do governo analisa nesta terça-feira a possibilidade de elevar o preço mínimo do café e prorrogar o financiamento de estocagem do produto. As duas medidas deverão ser levadas à votação na quinta-feira durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). 'Os técnicos da Fazenda estão estudando as duas medidas', informou o diretor do Departamento de Café (Dcaf), Edilson Alcântara, que participou nesta terça-feira em São Paulo do lançamento da Semana Internacional do Café, que ocorrerá em setembro, em Belo Horizonte (MG).

O Ministério da Agricultura sugere no voto agrícola que o financiamento à estocagem de café sejam alongados por 12 meses e que os vencimentos tenham prazo de carência 120 dias. A proposta do Ministério da Agricultura é de reajuste do preço mínimo do café arábica para R$ 340 a saca e R$ 180 a saca para o conilon. Atualmente, o preço mínimo do arábica é de R$ 261,69, enquanto do conilon é de R$ 156,57.

O presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, disse que o reajuste do preço mínimo é necessário para que o governo possa adotar medidas complementares de apoio aos produtores, que veem as cotações do grão arábica acumular desvalorização de cerca de 30% no mercado internacional nos últimos 12 meses. 'O governo precisa dar um sinal ao mercado, o que será suficiente para sustentar as cotações', estimou ele.

Segundo Simões, não há razões estatísticas para a queda dos preços do café. 'Os estoques no mundo são baixos e o consumo cresce gradativamente', informou. Além disso, continuou, 'um novo tipo de ferrugem, mais grave do que a roya, que ataca plantações na América Central, tem sido relatado na própria América Central e na Colômbia'.
O dirigente da Faemg acrescentou que, com os novos preços mínimos, o governo poderá aplicar mecanismos de apoio ao produtor, previstos na política agrícola. Ele citou os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), no qual o governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor, ou contratos de opção de venda ao governo, por um valor determinado, no futuro.

Fonte: Agência Estado

Lançada, oficialmente, a Semana Internacional do Café

 

 

 
Roberto Simões, Presidente da FAEMG


O Presidente da FAEMG, Roberto Simões, participou nesta terça-feira (26), em São Paulo, do lançamento da Semana Internacional do Café; evento programado para setembro, em Belo Horizonte. Paralelamente à reunião comemorativa dos 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC) a capital mineira recebe ainda o 8º Espaço Café Brasil, uma das principais feiras do setor no mundo.

A Semana Internacional do Café é promovida pelo Governo de Minas, por meio da Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em parceria com a OIC, FAEMG, principal entidade do agronegócio mineiro, Sebrae – que fomenta o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor –, Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) e Café Editora, promotora do 8º Espaço Café Brasil.
Além do presidente da FAEMG, Roberto Simões, e do diretor e presidente das Comissões de Café da FAEMG e da CNA, Breno Mesquita, também estiveram presentes, no evento de lançamento em São Paulo, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento; o diretor-executivo da OIC, Robério Silva e o coordenador do 8º Espaço Café Brasil, Caio Alonso

Garantia para o setor cafeeiro

Às vésperas de sediar o maior evento mundial do café, produtores mineiros amargam uma crise motivada pelo baixo preço da saca no mercado brasileiro. Durante evento de lançamento da Semana Internacional do Café, o presidente da FAEMG, Roberto Simões anunciou que levará ao Governo Federal, propostas de controle da crise e reação do mercado.

Segundo ele, a proposta que será apresentada, por meio da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), solicita que a implementação de políticas de garantia, com preço mínimo corrigido, financiamento e programas de leilões. “O consumo do café continua crescendo e não há estoques mundiais. Não há razão para essa permanência do café em patamares de preços tão baixos. Nesse momento, é preciso discutir novamente uma política de sustentação e de garantia do produtor, que dê novo alento ao mercado”.

O presidente da FAEMG lembra que a medida já foi utilizada, com sucesso, em cenários semelhantes. Ele cita, como exemplo, o programa de opções de compra pelo Governo. “O Governo nunca precisou comprar estoques grandes, basta sinalizar que há garantia e o mercado tende a reagir”, explica.

Semana Internacional do Café
No período entre 9 e 13 de setembro, Belo Horizonte será a capital do café. Maior evento do setor em 2013, a Semana Internacional do Café reunirá mais de dez mil pessoas. A programação da Semana traz dois grandes eventos que prometem movimentar excelentes negócios no Expominas: a 111ª reunião da Organização Internacional do Café (OIC) – comemorativa do cinquentenário da entidade - e a 8ª edição do Espaço Café Brasil, maior feira de cafeicultura da América Latina.

A Semana Internacional do Café é promovida pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), principal entidade do agronegócio mineiro, Sebrae – que fomenta o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor –,  OIC , Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Café Editora.

Espaço Café Brasil
O Espaço Café Brasil, que em sua 8ª edição chega pela primeira vez a Minas Gerais, é uma plataforma de negócios para o mercado de cafés. Oferece área de exposições e atrações para produtores rurais, cooperativas, torrefadores, exportadores, varejistas, empreendedores, baristas e consumidores finais. Em 2012, contou com a visitação de 6.500 compradores e profissionais e mais de 100 marcas expositoras, que apresentaram lançamentos de produtos e tendências. Paralelamente à feira, ocorrem atrações como rodadas de negócio, seminários e workshops.

Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais - FAEMG
http://www.sistemafaemg.org.br/

Novos contratos futuros para cafés de qualidades do Brasil, Colômbia e Vietnã

 

A indústria do café pretende lançar novos contratos futuros de grãos de alta qualidade produzidas no Brasil, Colômbia e Vietnã, que poderiam ser ativos já em 2014. O "C" do contrato que comercializa no ICE Futures dos EUA prevê um preço de referência para o café arábica global, enquanto a troca Liffe fornece o referencial para o menor de café robusta de custeio, mas a Associação Nacional do Café Grupo Café (NCA) está olhando para criar contratos que será específico para três origens principais. O grupo de trabalho está procurando a entrada da indústria de café para determinar se há mérito a um país em desenvolvimento adicional de contratos de derivativos de origem como uma forma de gerenciar o risco diferencial. Embora os detalhes ainda estão sendo trabalhados, o grupo disse que o contrato seria paga em dinheiro e por £ 20.000, o que é quase a metade do tamanho do contrato ICE em £ 37.500, a fim de apelar para pequenos comerciantes. Diferenciais são um prêmio de desconto ou com o contrato de referência, e eles variam de acordo com o país de origem específica Estes potenciais do país de origem de contratos poderia permitir a descoberta do preço mais preciso para a origem específica. "A transparência vai ser radicalmente melhorado", disse Oscar Schaps, diretor da INTL FCStone globais de soft commodities em Miami, em discurso na convenção NCA em San Francisco na semana passada. O desafio atual para o grupo de trabalho está a recolher dados sobre os diferenciais do Brasil 2/3 arábica naturais, habituais Colômbia arábica de boa qualidade e um grau Vietnã robustas. O grupo pediu aos no mercado físico a participar na apresentação de seus dados diferenciais em estes cafés específicos, a fim de ajudar a criar um índice para cada café. "Isso não vai funcionar se nós, como uma indústria, não participar", disse Schaps. "Uma vez que este índice funciona, então as pessoas podem começar a usá-lo e confiar nele." Após dados suficientes foi compilado, o grupo de trabalho espera que uma troca, como ICE Futures dos EUA ou o CME Group, irá fornecer uma plataforma de negociação para os contratos.

AgnoCafé 

terça-feira, 26 de março de 2013

ÁREA ECONÔMICA FAZ ÚLTIMOS AJUSTES EM PROPOSTA DE PREÇO MÍNIMO



A área econômica do governo analisa hoje a possibilidade de elevar o preço mínimo do café e prorrogar o financiamento de estocagem do produto. As duas medidas deverão ser levadas à votação na próxima quinta-feira, durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). "Os técnicos da Fazenda estão estudando hoje as duas medidas", informou o diretor do Departamento de Café (Dcaf), Edilson Alcântara (foto: Paulo A. C. Kawasaki), que participou hoje em São Paulo do lançamento da Semana Internacional do Café, que ocorrerá em setembro, em Belo Horizonte (MG).


O Ministério da Agricultura sugere no voto agrícola que o financiamento à estocagem de café sejam alongados por 12 meses e que os vencimentos tenham prazo de carência 120 dias. A proposta do Ministério da Agricultura é de reajuste do preço mínimo do café arábica para R$ 340 a saca e R$ 180 a saca para o conilon. Atualmente, o preço mínimo do arábica é de R$ 261,69, enquanto do conilon é de R$ 156,57.

O presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, disse que o reajuste do preço mínimo é necessário para que o governo possa adotar medidas complementares de apoio aos produtores, que veem as cotações do grão arábica acumular desvalorização de cerca de 30% no mercado internacional nos últimos 12 meses. "O governo precisa dar um sinal ao mercado, o que será suficiente para sustentar as cotações", estimou ele.

Segundo Simões, não há razões estatísticas para a queda dos preços do café. "Os estoques no mundo são baixos e o consumo cresce gradativamente", informou. Além disso, continuou, "um novo tipo de ferrugem, mais grave do que a roya, que ataca plantações na América Central, tem sido relatado na própria América Central e na Colômbia".

O dirigente da Faemg acrescentou que, com os novos preços mínimos, o governo poderá aplicar mecanismos de apoio ao produtor, previstos na política agrícola. Ele citou os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), no qual o governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor, ou contratos de opção de venda ao governo, por um valor determinado, no futuro.

Fonte: Agência Estado

Receita da Cooxupé recua 26% em 2012

 
  A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a maior cooperativa de café do mundo, registrou faturamento de R$ 2,22 bilhões no ano passado, recuo de 26% sobre a receita de 2011 (R$ 3 bilhões). As sobras (lucro líquido) totalizaram R$ 42,32 milhões em 2012, resultado 69,9% menor que o registrado no ano anterior (R$ 140,523 milhões). O desempenho da cooperativa com sede em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, foi afetado pela queda do preço do café no mercado internacional. O produto é responsável por 70% do faturamento da Cooxupé. O valor médio de comercialização do café foi de R$ 384 por saca no ano passado ante R$ 477 em 2011, uma redução de 19,5%. Apesar da receita e sobra menores da cooperativa em 2012, o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, avalia que o resultado foi "bom". Conforme Paulino da Costa, a cooperativa recebeu no ano passado 5,047 milhões de sacas de café ante 5,1 milhões em 2011, mas comercializou efetivamente 3,534 milhões de sacas. O restante ficou em estoque. Este ano, a Cooxupé deverá receber cerca de 5 milhões de sacas do produto. A exportação da cooperativa também recuou 14,6% no ano passado, de 2,46 milhões para 2,1 milhões de sacas. Problemas como a menor oferta do produto na primeira metade do ano e as chuvas na colheita, que prejudicaram o volume e a qualidade do produto no segundo semestre, reduziram as vendas externas de todo o país. A meta da Cooxupé para 2013 é embarcar 2,8 milhões de sacas. Valor Econômico

AgnoCafé 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Varginha recebe balanço de ações da ALMG no biênio 2011-2012 Dinis Pinheiro comandará, no auditório do Unis, na segunda-feira (25), encontro com imprensa, autoridades e população.


O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), estará nesta segunda-feira (25/3/13) em Varginha (Sul de Minas) para mais uma Reunião de Prestação de Contas Regional. Às 9 horas, ele participa de um encontro com a imprensa e logo após, às 9h30, se reúne com autoridades locais e a população em geral, para apresentar um resumo das atividades da ALMG no biênio 2011-2012, com ênfase nas ações desenvolvidas que dizem respeito à cidade e à região. O evento acontecerá no Auditório Professor Leopoldo Veiga Marinho, do Centro Universitário Unis, situado na Av. Coronel José Alves, 256, Vila Pinto. Será também uma oportunidade para que a sociedade apresente suas sugestões e reivindicações para a melhoria das condições de vida no município e em todo o Sul de Minas.
No encontro, o deputado Dinis Pinheiro estará à disposição dos jornalistas para responder perguntas e esclarecer dúvidas sobre os temas abordados. Após o encontro com a imprensa, o presidente da ALMG se reúne com lideranças locais e representantes de entidades para ouvir demandas que dizem respeito à região. As propostas apresentadas pela população vão subsidiar os parlamentares em seu trabalho de criação de projetos de lei em favor do povo mineiro. Entre as leis aprovadas pela Assembleia que beneficiaram diretamente o Sul de Minas destaca-se a Lei 20.619, de 2013, que entrou em vigor em 14 de janeiro e cria o Polo de Incentivo à Cultura do Morango na região.
“A regionalização da prestação de contas do biênio legislativo é mais um passo que a Assembleia dá para se aproximar ainda mais dos mineiros de todos os quadrantes e, com isto, aperfeiçoar sua atuação, em busca de resultados sociais efetivos, capazes de tornar a vida em Minas menos desigual, mais solidária, mais justa”, destaca Dinis Pinheiro. “Minas são muitas, já disse nosso grande Guimarães Rosa, e nós precisamos buscar permanentemente o contato com todas elas, por esse interior afora, para conseguir atingir nosso objetivo de ser a voz e o poder de todos os cidadãos mineiros”, completa.

Como participar - Os participantes terão a oportunidade de se manifestar, tanto oralmente quanto por meio de um formulário disponível no Portal da Assembleia e que também será distribuído no evento. A equipe técnica do Legislativo vai receber e sistematizar as sugestões, que poderão ainda ser encaminhadas por telefone ou até pelos Correios.

A ALMG vai analisar as demandas e dar resposta a todos os participantes com relação às questões relacionadas à sua região. Essa resposta não será individualizada, mas dividida por temas. Por isso é importante que, no momento de sua manifestação, o interessado se identifique corretamente, informando os dados pedidos no formulário. Além do retorno direto via correio eletrônico, o cidadão poderá acompanhar todas as informações do evento por meio do Portal da ALMG.
ALEMG

sexta-feira, 22 de março de 2013

Indicador do arábica acumula queda de mais de 4% no mês


Indicador do arábica acumula queda de mais de 4% no mês


Conselho Monetário Nacional deve votar proposta de aumento do preço mínimo na próxima quinta-feira


por Globo Rural On-line, com informações do Estadão Conteúdo
 Shutterstock
Proposta a ser votada prevê aumento do preço mínimo do café dos atuais R$ 261,69 para R$ 340 a saca de 60 kg de grão da variedade arábica (Foto: Shutterstock)
Os preços do café arábica têm recuado na parcial de março. De acordo com levantamento do Cepea, as recentes baixas têm sido diretamente atribuídas à retração nomercado internacional. No acumulado deste mês (até dia 20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, recua 4,35%, fechando a R$ 295,95 por saca de 60 kg nessa quarta-feira (20/3). 

Os dados de embarques de café no mês de fevereiro evidenciam que a safra 2012/2013 deve encerrar em quedafrente às duas últimas temporadas. No mês passado, o Brasil exportou 1,9 milhões de sacas de café verde, gerando uma receita de US$ 363,5 milhões. Na comparação com janeiro deste ano, a queda foi de 19% no volume e de 23% na receira em dólar. Redução de janeiro para fevereiro já era esperada, visto que há menos dias úteis no segundo mês do ano, embora a queda tenha sido mais acentuada que a prevista. 

Segundo levantamento do Cepea, diante da persistente retração de vendedores – mesmo com a colheita da nova safrase aproximando –, exportadores não aumentam os valores ofertados, optando por negociar apenas volumes que precisam embarcar. 


Preço mínimo
 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve votar na próxima quinta-feira (28/3) proposta de aumento do preço mínimo do café dos atuais R$ 261,69 para R$ 340 a saca de 60 kg de grão da variedade arábica. Segundo fontes do Ministério da Agricultura, a proposta de aumento do preço mínimo, que leva em conta estudos sobre custos de produção elaborados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ainda está sendo analisada pela área econômica do governo federal. 

O CMN também deve apreciar a proposta do Ministério da Agricultura de escalonamento ao longo de 12 meses do vencimento das parcelas das dívidas dos financiamentos de estocagem contraídos com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Atualmente as parcelas vencem a cada seis meses, o que estaria provocando uma pressão de oferta e derrubando ainda mais os preços do café. 

Atualmente, os financiamentos concedidos pelo governo correspondem a estocagem de 1,1 milhão de sacas de café. As estimativas de mercado indicam que o estoque remanescente da safra colhida no ano passado está entre 3 milhões a 4 milhões de sacas. 

Segundo fonte consultada pela reportagem, o governo estuda medidas de intervenção no mercado, que serão anunciadas "tempestivamente", para assegurar renda ao cafeicultor, seja por meio de leilões de opções de venda ou de prêmios para equalizar preços (Pepro). 

Os representantes dos cafeicultores reivindicam do governo a realização de leilões de Pepro a partir de agosto para apoiar a comercialização de 8 milhões de sacas de café e pedem que o valor do prêmio seja de R$ 60,00/saca. Eles propõem que os leilões sejam realizados quando o preço do café no mercado estiver abaixo de R$ 380/saca. 

Outra reivindicação é a liberação imediata de uma linha de crédito de R$ 900 milhões do Funcafé, equivalente a cerca de 3 milhões de sacas para financiamento de estocagem. Eles pedem também o retorno do programa de estoque regulador do governo federal para estocagem de até 9 milhões de sacas em três anos, com depósito do produto em armazéns credenciados da BM&F e da Conab. 

Os produtores, por meio do Conselho Nacional do Café, estão preocupados, ainda, com a perspectiva de ampliação da área destinada à cafeicultura no Brasil, por meio de recursos públicos. Segundo o CNC, a liberação de financiamentos para novos plantios, pode prejudicar o delicado equilíbrio entre oferta e demanda, "provocando consequências negativas de aviltamento ainda maior nos preços pagos aos produtores".

 Globo Rural

Indicador do arábica acumula queda de mais de 4% no mês

quinta-feira, 21 de março de 2013

Intervenção imediata



CNA E FAEMG esperam que propostas para estancar prejuízos da cafeicultura sejam aprovadas na próxima semana

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, solicitou ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, ações urgentes para reverter a crise da cafeicultura. As principais medidas reivindicadas são a revisão do preço mínimo do café e a ampliação do prazo das dívidas vincendas em 2013. Ao final da conversa com o ministro, Kátia Abreu declarou estar confiante que as soluções propostas sejam aprovadas na próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), 27 de março.
Há meses a cafeicultura brasileira enfrenta forte perda de renda devido à conjuntura de aumento nos custos de produção e queda dos preços de mercado. As propostas apresentadas ao ministro foram levantadas e referendadas durante encontro de representantes da cafeicultura nacional, organizado pela FAEMG  em Varginha, no final de fevereiro.
As medidas foram analisadas pela CNA, que as considerou fundamentais para o desempenho de alguns segmentos do setor. A senadora enfatizou a necessidade de aprovação imediata pelo CMN de algumas políticas que poderão amenizar os prejuízos do setor. Ela também considera imprescindível a imediata revisão do preço mínimo do café, de R$ 261,69 para R$ 340,00, por saca de 60 quilos, para o café arábica. O argumento é que, ao alterar o valor, o Governo estará sinalizando ao mercado que fará intervenções por meio de políticas públicas, a exemplo das Opções Públicas de Venda de Café e Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), entre outras.
O presidente das Comissões de Café da CNA e da FAEMG, Breno Mesquita, explica que preço mínimo do café não é revisado há três anos e, há muito, não atende à realidade do mercado. “A revisão é essencial para que o governo possa agir. A legislação só permite que políticas públicas e ferramentas de mercado sejam implementadas quando o preço de mercado está abaixo do preço mínimo pago ao produtor. Hoje, o custo de produção é superior a R$ 350,00 a saca, nas regiões de montanha”, diz.
Outra medida considerada imprescindível para equilibrar os prejuízos sofridos pela cafeicultura é a prorrogação do prazo de vencimento de todos os créditos em aberto, com vencimento em 2013. Se a medida for aprovada pelo CMN, o produtor não será obrigado a vender seu café neste momento de queda dos preços. Reduzirá o volume de vendas para quitação de dívidas, evitando nova desvalorização do produto.
FAEMG

CNM DEVE VOTAR NOVA PROPOSTA DE PREÇO MÍNIMO DO CAFÉ




O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve votar na próxima quinta-feira (28) proposta de aumento do preço mínimo do café dos atuais R$ 261,69 para R$ 340 a saca de 60 kg de grão da variedade arábica. Segundo fontes do Ministério da Agricultura, a proposta de aumento do preço mínimo, que leva em conta estudos sobre custos de produção elaborados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ainda está sendo analisada pela área econômica do governo federal.

O CMN também deve apreciar a proposta do Ministério da Agricultura de escalonamento ao longo de 12 meses do vencimento das parcelas das dívidas dos financiamentos de estocagem contraídos com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Atualmente as parcelas vencem a cada seis meses, o que estaria provocando uma pressão de oferta e derrubando ainda mais os preços do café.

Atualmente, os financiamentos concedidos pelo governo correspondem a estocagem de 1,1 milhão de sacas de café. As estimativas de mercado indicam que o estoque remanescente da safra colhida no ano passado está entre 3 milhões a 4 milhões de sacas.

Segundo fonte consultada pela reportagem, o governo estuda medidas de intervenção no mercado, que serão anunciadas "tempestivamente", para assegurar renda ao cafeicultor, seja por meio de leilões de opções de venda ou de prêmios para equalizar preços (Pepro).

Os representantes dos cafeicultores reivindicam do governo a realização de leilões de Pepro a partir de agosto para apoiar a comercialização de 8 milhões de sacas de café e pedem que o valor do prêmio seja de R$ 60,00/saca. Eles propõem que os leilões sejam realizados quando o preço do café no mercado estiver abaixo de R$ 380/saca.

Outra reivindicação é a liberação imediata de uma linha de crédito de R$ 900 milhões do Funcafé, equivalente a cerca de 3 milhões de sacas para financiamento de estocagem. Eles pedem também o retorno do programa de estoque regulador do governo federal para estocagem de até 9 milhões de sacas em três anos, com depósito do produto em armazéns credenciados da BM&F e da Conab.

Os produtores, por meio do Conselho Nacional do Café, estão preocupados, ainda, com a perspectiva de ampliação da área destinada à cafeicultura no Brasil, por meio de recursos públicos. Segundo o CNC, a liberação de financiamentos para novos plantios, pode prejudicar o delicado equilíbrio entre oferta e demanda, "provocando consequências negativas de aviltamento ainda maior nos preços pagos aos produtores".

Fonte: Agência Estado

CCCMG

FENICAFÉ É OFICIALMENTE ABERTA NO TRIANGULO MINEIRO

 



Foi aberta oficialmente na manhã desta quarta-feira, em Araguari, no Triangulo Mineiro a 18ª. Edição da Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura. O evento, que segue até sexta-feira (22), no Pica-Pau Country Clube, congrega simultaneamente mais dois eventos: 16ª Feira de Irrigação em Café do Brasil; e o 15º Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada. Paralelamente ao evento, está sendo realizada uma mega exposição, que abriga 60 expositores, 38 internos e 22 externos, onde serão disponibilizadas as novidades em produtos e serviços voltados para o setor.

Autoridades nacionais e internacionais, relacionadas ao setor cafeeiro, participaram da abertura, dentre elas destaca-se o presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari(ACA), Nivaldo Souza Ribeiro; o prefeito de Araguari, Raul José de Belém; o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento; o Secretário de Agricultura do Estado de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima; o Diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério de Oliveira Silva; o Secretário Nacional de Irrigação, Guilherme Augusto Orair; o Presidente do Conselho Nacional do Café, deputado federal Silas Brasileiro; o diretor do departamento de café da Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Edilson Alcântra; o deputado federal Luiz Humberto Carneiro; o deputado estadual Lafayete Andrada; o Assessor especial do gabinete do Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento, Aguinaldo José de Lima; o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis; o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Guilherme Braga; o secretário adjunto da Secretaria da Agricultura do estado de Minas Gerais, Paulo Romano; representando o presidente da Agência Nacional de Água(ANA), o coordenador de Articulação e Comunicação da ANA , Antônio Feliz Domingues; o presidente da Câmara Municipal de Araguari, Sebastião Joaquim Vieira; o gerente regional Triangulo Sebrae, Marden Márcio Magalhães; o diretor técnico da Superintendência Regional de Regularização Ambiental Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, José Roberto Venture; o comandante do 53º. Batalhão de Polícia Militar, Tem. Coronel PM Volney Halan Marques.

Entre agradecimentos e boas vindas, Nivaldo Ribeiro de Souza falou mais uma fez sobre a importância da Fenicafé para o setor cafeeiro. “Nosso evento procura trazer não só novidades em tecnologias e implementos, mas como também o conhecimento para o produtor. O que ele aprende aqui, pode utilizar em sua lavoura”, destaca.
Para o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, o café brasileiro é o café mais sustentável do mundo. “No Brasil, nenhuma criança trabalha nas lavouras, como acontece em outros países produtores”, afirma. Assis destaca também a importância da irrigação para o setor. Para ele, as lavouras que não se utilizam da irrigação no seu processo de produção estão fadadas ao fracasso”.

Já para o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, a Fenicafé não é só uma das mais importantes feiras do Brasil, como também do mundo. “O agronegócio mineiro está em ascensão. O Agronegócio representa hoje 37% do Produto Interno Bruto Mineiro (PIB), portanto devemos trabalhar em rede, principalmente com a iniciativa privada.

“O café está em nosso sangue. Está no nosso coração”, afirma o prefeito de Araguari, Raul Belém. Para ele, a Fenicafé divulga não só as novidades da cafeicultura, mas também as potencialidades de Araguari.
Promovido pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) - Café do Cerrado Brasil, a Fenicafé conta com o apoio da Embrapa/Café - Prefeitura Municipal de Araguari e Sebrae/MG.

Serviço:
Mais informações acesse: www.fenicafe.com.br.
ACA - Associação Dos Cafeicultores de Araguari
Rua Jaime Gomes, 418 - Centro - Araguari-MG
Telefone: (34) 3242-8888

Fonte: Assessoria e Comunicação (Lílian Rodrigues)




terça-feira, 19 de março de 2013

Preços e tarifas amargam o café



 

Queda de 40% no valor do produto nos últimos dois anos e barreiras à exportação ameaçam cafeicultores do estado

A despeito do crescimento do consumo de café no mundo, estimado em 2,5% neste ano pela Organização Internacional do Café (OIC), o cafeicultor brasileiro enfrenta duplo desafio diante dos baixos preços do café do tipo arábica – variedade de melhor qualidade e que representa 75% da produção nacional – e das barreiras tarifárias às exportações. A queda das cotações da commodity, que chegou a 40% nos últimos dois anos, já ameaça a sustentabilidade da atividade, segundo o diretor-executivo da OIC, Robério Silva, que esteve ontem em Belo Horizonte, no evento de lançamento da Semana Internacional do Café, marcada para 9 a 13 de setembro na capital mineira.

Ele afirmou, ainda, que as barreiras tarifárias aplicadas nos países desenvolvidos impedem a exportação do café brasileiro torrado e moído e na forma solúvel, em lugar do produto em bruto (em grãos). “Há uma escalada tarifária nos países desenvolvidos e o Brasil é discriminado em relação à tarifa que se aplica ao café solúvel nas capitais europeias e nos Estados Unidos”, disse o diretor-executivo da OIC. Robério Silva pregou que o Brasil defenda os seus interesses por meio da política de relações internacionais para ter condições de exportar o café de maior valor, em lugar do grão. 

O problema dos baixos preços consiste na maior dificuldade para os cafeicultores e por isso será tema central da 50ª reunião da OIC em BH, como parte da Semana Internacional do Café. A variedade arábica, considerada o padrão de mercado, que concentra mais de 90% da safra de Minas Gerais, maior produtor brasileiro, encerrou a semana passada cotada entre R$ 295 e R$ 310 por saca de 60 quilos. A cotação do café robusta estava em R$ 260 por saca. Principal instituição do setor no mundo, representando 98% da produção e 90% do consumo, a OIC pretende relançar, na capital mineira, um “pacto pela sustentabilidade econômica, social e do meio ambiente da cafeicultura”, de acordo com Robério Silva.

Medidas de apoio

Em busca de reação dos preços, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões, seguiu ontem a Brasília, para pedir dos ministros Antônio Andrade, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Vamos tentar negociar medidas de garantia de preço mínimo e, principalmente, a opção de compra. Basta que o governo dê o sinal ao mercado”, afirmou.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas, Elmiro Nascimento, informou que a Semana Internacional do Café receberá delegações de mais de 70 países e vai abrigar a 8ª edição do Espaço Café Brasil, maior feira de cafés da América Latina, que no ano passado atraiu 6,5 mil visitantes de 18 países. Os representantes da OIC, com sede em Londres, farão visitas técnicas às regiões produtoras do Sul de Minas e do cerrado. “A expectativa da OIC é conhecer o café de melhor qualidade, mas que precisa  ser divulgado no exterior, para a valorização do produto”, afirmou Nascimento.

Marta Vieira
Estado de Minas – 19/03/2013


sábado, 16 de março de 2013

Antônio Andrade assume o Ministério da Agricultura




Cerimônia de posse foi realizada neste sábado em virtude da viagem presidencial ao Vaticano


por Globo Rural On-line, com informações do Estadão Conteúdo
Agência Brasil
O vice-presidente Michel Temer aplaude o colega de partido Antônio Andrade no momento da posse (Foto: Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff empossou neste sábado (16/3) os novos ministros da Agricultura, Antônio Andrade, do Trabalho, Manoel Dias, e da Secretaria de Aviação Civil(SAC), Moreira Franco, remanejado da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). As mudanças foram justificadas por Dilma como parte da necessidade de fortalecer a coalizão entre os que dão suporte a seu governo.

O novo ministro da Agricultura, o deputado federal Antônio Andrade, do PMDB de Minas Gerais, compõe a base alidada do governo e é produtor rural no noroeste do Estado. Atualmente, crumpre o seu segundo mantado na Câmara dos Deputados

Dilma desejou boa sorte e muito trabalho aos novos ministros , e disse que eles serão responsáveis por “setores de relevância estratégica” para o governo. “Estamos em um processo de transformar ministérios em ministérios profissionais e meritocráticos”, acrescentando que “nenhum ministro é uma entidade isolada”. 

Agradecimento 

Durante a cerimônia, Dilma agradeceu a cada um dos ministros que deixam o governo: Mendes RibeiroBrizola Neto e Wagner Bittencourt, referendo-se a eles como “amigos queridos” e agradecendo o “apoio, empenho e lealdade” dos três. Ao agradecer ao ex-ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, Dilma disse que, além do caráter político, a relação entre eles tem “fortes bases afetivas”, o que levou o ex-ministro às lágrimas. Em tratamento contra um câncer, mesmo debilitado nos últimos meses, Ribeiro se manteve à frente do ministério. “O Mendezinho é sobretudo uma pessoa de grande lealdade política e pessoal. Ao Mendes, vou dizer, com muito carinho, obrigada pelo seu trabalho, e resista às dificuldades porque nós, no Brasil, precisamos de você.”

Coalizão
Dilma disse que, ao longo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nos últimos dois anos como presidente, aprendeu que governar “é necessariamente escolher entre várias alternativas” e que é preciso valorizar a parceria de quem dá apoio ao projeto político do governo. Segundo Dilma, em um país grande e diverso com o Brasil, é impossível governar sem coalizão. “Não se governa para uma região, mas para todo o país. Aprendi que esse é umpaís desigual, por isso as políticas têm que levar em conta esse fato, ao mesmo tempo, temos que fortalecer as forças que sustentam um governo de coalizão.” 

A presidente disse que quem não consegue manter relações firmes com aliados perde sustentação. “Muitas vezes algumas pessoa acreditam que a coalizão é algo incorreto do ponto de vista político. Mas nós estamos assistindo, em alguns lugares do mundo, um processo de deterioração da governabilidade justamente pela incapacidade de construir coalizões estáveis", disse. 

A cerimônia de posse ocorreu neste sábado em virtude da viagem de amanhã ao Vaticano, onde a presidente participará da cerimônia de coroação do papa Francisco na próxima terça-feira (19/3). 

GLOBO RURAL

Sancionada lei para renegociação da Dívida Ativa

Sancionada lei para renegociação da Dívida Ativa

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

ALUGAMOS PARA EVENTOS

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PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

DECLARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ANORMALIDADE NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE VARGINHA, ESTADO DE MINAS G

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