quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Exportações mundiais de café aumentam 19,5% no mês de janeiro, diz OIC

 
 
Nesta quinta-feira (28), a Organização Internacional do Café (OIC) informou que os embarques mundiais de café registraram um aumento de 19,48% no mês de janeiro, em relação o mesmo período do ano passado. Ao todo foram exportadas 9,667 milhões de sacas de 60 kg contra 8,091 milhões de sacas em janeiro de 2012. 

Nos quatro primeiro meses da safra 2012/13 (outubro/12 a janeiro/13) as exportações mundiais apresentaram um crescimento em torno de 15,8%, cerca de 37,87 milhões de sacas ante as 32,69 milhões de sacas em igual período da temporada anterior. 

Os embarques de café arábica totalizaram 67,08 milhões de sacas, entre janeiro/12 e janeiro/13. O número representa um aumento em comparação com o volume exportado no mesmo período do ano anterior, de 66,11 milhões de sacas. Já o café arábica, no mesmo período, as exportações somaram 47,59 milhões de sacas frente as 37,68 milhões de sacas do ano passado. 

No início do mês de fevereiro, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou que as exportações de café brasileira totalizaram 2,352 milhões de sacas em janeiro de 2013. No mesmo período a receita média diária obtida com as exportações de café somou US$ 78,1 milhões. 
 
Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Custódio


Presidente da CNA lança campanha ZARPA BRASIL! Em favor da MP dos portos

  

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, lançou nesta quarta-feira (27/2) a campanha Zarpa Brasil! + Competitividade



A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, lançou nesta quarta-feira (27/2) a campanha Zarpa Brasil! + Competitividade, reunindo o setor produtivo empresarial em defesa da aprovação da Medida Provisória (MP) 595, que abre o sistema portuário ao capital privado, durante reunião, na sede da CNA, com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o relator da MP, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líderes partidários e presidentes de confederações patronais. A senadora apresentou dados que comprovam a ineficiência do sistema portuário brasileiro, que coloca o país em 130º lugar no ranking de qualidade dos portos do Fórum Econômico Mundial. Segundo ela, o sistema portuário brasileiro precisa dobrar a sua capacidade, em sete anos, para acompanhar a taxa de crescimento de demanda dos últimos 10 anos.


“Algumas questões estão passíveis de negociação e podem ser esclarecidas, desde que não sejam alterados os princípios do texto”, ressaltou a senadora. Segundo ela, um destes princípios, defendidos pela CNA é de que os portos privados, independente de operarem com carga própria ou de terceiros, possam ser instalados no Brasil, ampliando a capacidade operacional. Com a construção de mais portos, acrescentou a senadora, haverá redução significativa dos custos com o transporte de cargas.


“Os custos com transporte aumentaram mais de 25%. Em algumas regiões, houve elevação de mais de 60%. Precisamos reagir frente a isso”, disse a presidente da CNA. Ela reiterou, ainda, o risco de um apagão portuário nos próximos anos, sem a aprovação da MP. “Se for uma matéria vencedora, teremos um Brasil mais competitivo. Se não for, teremos uma preocupação com o que poderá acontecer”, afirmou.

Segundo a presidente da CNA, o presidente da Câmara dos Deputados, onde a MP tramitará depois de analisada pela Comissão Especial, assegurou um debate equilibrado, “no tempo e na hora certa”. “É uma matéria complexa e que a sociedade precisa entender. Mas não podemos deixar tudo para última hora, para não causarmos um temor na iniciativa privada”, enfatizou. Na sua avaliação, um dos gargalos que o país precisa resolver nesta questão é a ineficiência dos portos. De acordo com relatório do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 130ª colocação neste quesito, em um ranking de 142 países, o que reforça a necessidade de aprovação da MP. “Quem quiser ver um Brasil diferente, mais competitivo, certamente será a favor da MP e a favor do Brasil”, justificou a senadora.

Presentes ao encontro o presidente da Comissão Mista que analisará a MP e líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), o líder do Governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (SP), além dos líderes do PSD, deputado Eduardo Sciarra (PR), e do PCdoB, deputada Manuela D’ávila (RS), e integrantes da Comissão Mista, como os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Antônio Bulhões (PRB-SP) e Márcio Marinho (PRB-BA), além do senador Waldemir Moka (PMDB-MS). Participaram da reunião os presidentes da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), senador Clésio Andrade (PMDB-MG), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antônio Oliveira Santos, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, presidentes das Federações da Agricultura de diversos Estados e representante da empresa Bunge, Martus Tavares.

Calendário
Deputados e senadores que integram a Comissão Mista que analisa a MP dos Portos definiram hoje o cronograma de audiências públicas para o período que antecede a apresentação do relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), cujo teor deve ser conhecido, segundo ele, no dia 3 de abril. Representantes dos trabalhadores portuários participarão das audiências já na próxima semana. Empresários e representantes de setores que utilizam os portos, além de representantes do Governo federal, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e especialistas serão ouvidos nas duas semanas seguintes. De acordo com o calendário, poderá ser realizado mais de um debate por semana. Ficou definido, ainda, que o relatório do senador Eduardo Braga será votado na Comissão Mista no dia 10 de abril.


Assessoria de Comunicação CNA
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Agricultor de Minas já aplicou R$ 6,1 bilhões de crédito nesta safra



Conselho do Café discute linhas de financiamento


Encontro de representantes do setor será realizado nesta quinta-feira (28/2)

por Globo Rural On-line
Ernesto de Souza
Foto: Ernesto de Souza / Editora Globo
Os integrantes do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) estarão reunidos nesta quinta-feira (28/2), noMinistério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, para discutir a proposta de distribuição de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em linhas de financiamento para este ano. 

Na ocasião, será apresentada uma análise do mercado cafeeiro e também será colocada em pauta a exposição do Grupo de Trabalho para a cafeicultura de Montanha

Entidades como o Conselho Nacional do Café (CNC),Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic),Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics),Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), além de representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda, Relações Exteriores, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, participam da reunião. 

O encontro, que será realizado às 14 horas, será presidido pelo ministro Mendes Ribeiro Filho.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Café arábica cai 35,63% em relação a 2012



A cotação do café arábica voltou a cair em fevereiro e está sendo negociada no mesmo patamar do café conillon


Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP, a saca de café conillon equivale a 98% da do arábica 

No mesmo período de 2012, a proporção era de 66%. Em fevereiro, a saca de café arábica foi comercializada, em média, a R$ 322,5, o que representa uma queda de 21,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a janeiro deste ano, a queda passa de 6%.

Analistas de mercado acreditam que a queda do preço do café arábica está ligada à crença de operadores da Bolsa de Nova York em que os estoques brasileiros de café são maiores do que os divulgados pelo governo brasileiro.

"Eles acham que, a uma certa hora, o produtor brasileiro vai vender este café, que vai para o mercado mundial; por isso não há como subir em um curto prazo. É nisso que eles acreditam. Outra coisa que pesa na Bolsa de Nova York é a crise, isso cria um ambiente ruim. Por fim, há um sentimento de que, devido ao crescimento do café arábica no ano passado, estaríamos com um consumo um pouco menor agora em termos mundiais", explica o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. A primeira estimativa oficial da safra de café, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), traz uma previsão de safra entre 47 e 50 milhões de toneladas, quantidade inferior à que o mercado estava prevendo. Carvalhaes afirma que a demanda do mercado interno e externo deve provocar um equilíbrio do mercado.

"Os números da exportação brasileira de quando começou o ano-safra, que ocorre de julho a janeiro, do consumo interno, da estimativa de exportação, do consumo interno pela Abic [Associação Brasileira da Indústria do Café], esses números mostram que, de julho a janeiro, houve um desaparecimento de 29 milhões toneladas de sacas. Restam cerca de 22 milhões de sacas para atender os compromissos de exportação. Quando chegar junho, acabou essa safra, e aí existe um equilíbrio precário entre a produção brasileira e o consumo. Vem daí o raciocínio", aponta o analista.

Se a perspectiva de safra brasileira estiver certa, a tendência é de melhora dos preços nos próximos meses.

"Acho que por conta dessa safra menor, pode ter um período de recuperação de preços, lembrando também que estamos muito próximos, ou talvez até inferiores, à media de custos de produção", diz o analista de Mercado Roberto Costa Lima.

Preocupação

A desvalorização constante do café neste início de ano preocupa os produtores do grão de Minas Gerais. O preço da saca registrou queda de mais de 30% em comparação com o ano passado.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a estimativa para a safra de 2013 é de 48 milhões de sacas, 25 milhões dos quais deverão ser colhidos em Minas Gerais.

Portal do Agronegócio





Sobre o CNACard

Sobre o CNACard

O que é?

A Base de Dados Única da PGA, bem como, a Base de dados dos Serviços de Defesa Agropecuária Estaduais está integrada com o CNA Card, o Cartão do Produtor Rural, um serviço oferecido pelas Federações estaduais de agricultura e pecuária, com a coordenação da CNA, para que o produtor rural possa emitir documentos e realizar consultas na via internet ou GPRS, da sua própria casa, estabelecimento rural, sindicato rural, associação de produtores, estabelecimentos comerciais, tablet ou celular.

Dilma recebe seu CNACard da presidente do CNA  
Dilma recebe seu CNACard da presidente do CNA
 
Os serviços oferecidos pela PGA são gratuitos, quando acessados diretamente nos órgãos de fiscalização e controle. O CNA Card é um serviço opcional, de livre adesão, que permite ao produtor rural, com um pequeno custo anual, ter comodidade e praticidade, economizando tempo e deslocamentos para a realização
de consultas e emissão de documentos.
Com o CNA Card, o produtor poderá emitir documentos como: Emissão de Guia de Transito Animal (GTA), Permissão de Transito Vegetal (PTV), Certificado Fitossanitário de origem (CFO) e Nota Fiscal. Novos serviços serão agregados, por iniciativa das Federações, tais como convênios para descontos em compras de produtos ou serviços, cursos, treinamentos e outros benefícios. Além disso, o CNA Card permitirá acesso em tempo real a programas nacionais como, Certificação SISBOV, Automação dos Processos de Manejo, Gestão em Tempo Real.

Vantagens do cartão + PGA

  • ECONOMIA DE TEMPO E DINHEIRO
  • Emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA).
  • Permissão de Trânsito Vegetal (PTV).
  • Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).
  • Nota Fiscal.
  • Descontos e condições especiais de pagamento nos estabelecimentos parceiros.
  • Pagamento automatizado de tarifas, impostos e outros tributos.

  • MELHOR GESTÃO DA PRODUÇÃO
  • Acesso a eventos, cursos e treinamentos do setor.
  • Automação dos processos de manejo nos estabelecimentos parceiros.
  • Sistema de controle dos processos produtivos de vacinas e de rastreabilidade.
  • Aquisição facilitada de seguros.

Benefícios

O CNA Card, o cartão do produtor rural, um projeto inovador da CNA, permite que você emita documentos como Guia de Trânsito Animal (GTA), Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Nota Fiscal via internet. De posse do CNA Card, você também poderá acessar convênios que concederão descontos em compras e serviços, eventos do setor agropecuário, cursos, treinamentos e outros benefícios. Ele está integrado com programas como Certificação Sisbov, Automação dos Processos de Manejo, Gestão em Tempo Real e Geoprocessamento. Estes serviços variam de estado para estado. Tenha mais comodidade e agilidade nos serviços utilizando o CNA Card.

IN16: Governo elimina avaliação sensorial do café


O Ministério da Agricultura revogou a Instrução Normativa nº 16, de 2010. Com essa instrução, o governo passaria a fiscalizar a qualidade do café colocado à disposição do consumidor.

O Ministério da Agricultura revogou a Instrução Normativa nº 16, de 2010. Com essa instrução, o governo passaria a fiscalizar a qualidade do café colocado à disposição do consumidor.

Para se enquadrar à IN 16, as indústrias deveriam produzir café com menos de 1% de impurezas e com 5% de umidade, no máximo.

A instrução, que deveria ter entrado em vigor em fevereiro de 2011, na verdade nunca foi colocada em prática. Isso porque a cadeia de café concordava com as duas exigências anteriores do ministério sobre a qualidade do café, mas discordava de uma terceira: avaliação sensorial.

proposta do governo era boa, uma vez que deveria retirar do mercado cafés que são de baixíssima qualidade.

Estima-se que dos 20 milhões de sacas de café consumidos no país, 400 mil venham de palhas, paus, sementes de açaí e milheto.

Na avaliação da indústria, a degustação sensorial exige muito treino e é um sistemasubjetivo para determinar a qualidade do produto.

Após muitas contestações e interrogações, a instrução foi revogada. Agora, o mercado vai repensar esse trabalho, desenvolvendo uma autorregulamentação que envolva toda a cadeia: produtores, exportadores, indústria e até o varejo.

Uma regulamentação do setor é importante para todos, segundo Nathan Herskowicz, diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Os produtores vendem mais grãos, as indústrias não têm uma concorrência desleal e os consumidores terão um produto de melhor qualidade, afirma ele.

A posição do Ministério da Agricultura também vai nesse sentido. Consultado pela Folha, o governo diz que a revogação, além de contar com o apoio dos produtores, aponta para abertura de espaço para que, num futuro próximo, seja elaborada uma proposta de autorregulação.

É função do Ministério da Agricultura proteger o produtor e garantir a qualidade e segurança dos produtos "in-natura", segundo o órgão.

A Abic já tem um programa de qualidade com grau de exigência ainda maior do que aquele que o governo queria implantar na instrução normativa, mas, às vezes, esbarra em dificuldades para punir infratores.

As informações são da Folha de São Paulo, adaptadas pelo CaféPoint.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA: Confira a entrevista com Arnaldo Bottrel - Pres. Sind. Rural Varginha - MG



Cafeicultura faz reunião em Varginha (MG) para afugentar a crise. Solução depende da prorrogação do vencimento da pré-comercialização. Novo custo de produção -- levantado pela Universidade de Lavras -- chega a R$ 380,00 por saca.



Noticias Agrícolas

Produtores se reúnem em Varginha para discutir baixa do preço do café




Produtores e representantes de sindicatos e cooperativas de café de várias regiões do país se reúnem nesta segunda-feira (25) em Varginha.



Produtores e representantes de sindicatos e cooperativas de café de várias regiões do país se reúnem nesta segunda-feira (25) em Varginha (MG) para discutir a atual situação do setor. O ponto principal da discussão é o preço da saca de café, que está baixo em relação ao valor de custo da produção. Enquanto a saca está avaliada atualmente em cerca de R$ 290, a produção de cada saca sai de R$ 350 a R$ 380 para os produtores.
De acordo com o Conselho Nacional do Café, este valor é referente ao café produzido no Sul de Minas, uma região montanhosa que, por esta característica, faz elevar o custo de produção do grão. As despesas com a produção do café giram em torno do custeio de lavoura (mão de obra, fertilizantes, agrotóxicos, maquinário), despesas pós-colheita (transporte, armazenagem, impostos, beneficiamento) e outros custos operacionais (como encargos e seguros).
Arnaldo Botrel, representante do Sindicato dos Produtores de Varginha, afirma que eles estão articulando com sindicatos e cooperativas uma proposta para levar à presidente Dilma Rousseff com as solicitações dos produtores. Entre elas, está a prorrogação das dívidas dos produtores até que o café alcance o patamar de preço de custo novamente. O presidente da Comissão de Café da Faemg, Breno Mesquita, confirma a elaboração da proposta, e diz que já está vendo uma maneira de agendar uma reunião com a presidente da República.

Fonte: G1/ EPTV Sul de Minas

Cooperativas e sindicatos afinam propostas e cobram solução emergencial para o café



CNC e CNA buscam audiência com a presidente Dilma Rousseff para recuperar renda do cafeicultor.


CNC e CNA buscam audiência com a presidente Dilma Rousseff para recuperar renda do cafeicultor.

Cooperativas de café e sindicatos de produtores rurais aprovaram, em reunião na segunda-fera (25), em Varginha, uma pauta de medidas emergenciais que o setor apresentará oficialmente ao Governo Federal. Tendo como base o documento originado em reunião de sindicatos em São Sebastião do Paraíso, na sede da Cooparaiso, no dia 18 de março, o setor cobra medidas que julga fundamentais para a recuperação e sustentação de renda do produtor - que está asfixiado com a venda de seu produto abaixo do custo de produção - como segue: revisão do preço mínimo para R$ 340,00 por saca, prorrogação dos créditos do setor ate que o preço de comercialização do café no mercado interno atinja o preço mínimo acrescido dos juros, a liberação imediata de uma linha de crédito de R$ 900 milhões (o que equivale a cerca de 3 milhões de sacas) com recursos do Funcafé, retorno do programa de opção de venda ao governo federal que garanta renda, que poderá criar um estoque regulador mínimo de 9 milhões de sacas;  a liberação de um Prêmio Equalizador Pago ao Produtor – Pepro, para um volume de oito milhões de sacas com prêmio de R$ 60,00 para preço de gatilho de R$ 380,00. (Veja integra do documento abaixo)
As lideranças dos cooperativas e sindicatos afinaram o discurso, formando uma aliança programática e estão iniciando esta nova negociação em função da apatia do governo federal, responsável direto pela política nacional do produto. Para se ter uma idéia da dimensão do problema econômico e social que o país vem enfrentando, por conta da falta de uma política consistente para o café, somente nas duas últimas safras o Brasil teve um prejuízo de 10 bilhões de reais.
Presentes ao encontro na sede da Cocamig, os presidentes da Comissão Nacional de Café da CNA, Breno Mesquita, e do Conselho Nacional do Café – CNC, Silas Brasileiro, assumiram o compromisso de formalizar as solicitações dos cafeicultores à presidente Dilma Rousseff, para tanto, no prazo máximo de 10 dias deverão acontecer reuniões preparatórias com autoridades de peso, entre os quais, o entendimento é buscar apoio político para agendar audiências com o vice-presidente da República, Michel Temer, com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Foi também citado o nome do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Parlamentares da Frente Parlamentar do Café, entre os quais, os deputados Diego Andrade e Geraldo Tadeu – presentes ao encontro se comprometeram em somar forças e buscar apoio do Conresso Nacional. Na semana passada o presidente da Cooparaiso, deputado Carlos Melles, esteve reunido em Brasília com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, e com o secretário de Produção e Agroenergia, Gerardo Fontelles, quando reforçou o teor do documento formulado pelos sindicatos rurais. Melles foi o autor do artigo “Por que não reagimos”, publicado na imprensa especializada do setor rural nacional, quando prega justamente a união de forças políticas e classistas para uma negociação de resultados com o governo.
Além das audiências em nível federal, em paralelo, o setor pretende ainda uma audiência com o governador Antonio Anastasia, já que Minas produz cerca da metade da safra nacional de café. O vice governador, Alberto Pinto Coelho, e o presidente da comissão de Agricultura da Assembleia, deputado Antônio Carlos Arantes, foram lembrados como forças para buscar esta audiência. A Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, Faemg e Organização das Cooperativas de Minas Gerais – Ocemg, também terão papel importante neste processo de negociação.
O encontro em Varginha contou com a presença de dirigentes e membros da Cocamig, Cooxupé, Cocatrel, Cooparaiso, Cocapec, Caarg, além de duas dezenas de sindicatos, sob a liderança da Associação dos Sindicatos do Sul e Sudoeste de Minas – Assul, representado pelo presidente da entidade, Leonilton Moreira.

Paulo H. Delfante

Veja o documento na íntegra abaixo, que agora tem o aval das cooperativas.


A recuperação do Brasil como agente ativo no mercado mundial de café
Os Sindicatos de produtores de café abaixo assinados, inconformados com a passividade do Brasil frente à perda de R$ 10 BILHÕES da renda do segmento nas duas últimas safras, período em que todos os agentes ligados a atividade ressaltavam que a vigorosa elevação do consumo mundial poderia ser limitada por falta de abastecimento, levando inclusive o Ministério da Agricultura a iniciar plano estratégico contemplando a elevação da produção brasileira de café, propõem que:
a)  O preço mínimo do café seja revisto imediatamente para R$ 340,00 por saca, representando o último preço mínimo em vigor, ajustado de acordo com o custo de produção.
b) Todos os créditos em aberto do setor tenham seu vencimento prorrogado até que o preço de comercialização do café no mercado interno atinja ao preço mínimo acima acrescido da taxa de juros transcorrida do momento da pactuação do crédito até a sua efetiva liquidação.
c) Seja liberada imediatamente linha de crédito de R$ 900 milhões, equivalente a cerca de três milhões de sacas, com origem nos recursos do Fundo de Defesa da Cafeicultura - FUNCAFÉ para que os produtores e suas Cooperativas possam carregar café com base no mecanismo descrito no item (b) acima.
d) Retorno do Programa de Opção de Venda ao Governo, visando volume mínimo de até nove milhões de sacas em período de três ano. Esse estoque regulador poderá ficar armazenado nos armazéns credenciados da BM&F e da CONAB.
e) Seja liberado PEPRO para volume de oito milhões de sacas com prêmio de R$ 60,00 por saca para preço de gatilho R$ 380,00 por saca, prevendo-se o primeiro leilão em agosto de 2013.
            O conjunto das medidas acima, além de demonstrar aos agentes do mercado o efetivo retorno do Brasil a uma clara política para o café em quadro conjuntural flagrantemente favorável, dará ao mercado uma referencia de preço para acesso aos estoques brasileiros do produto.
            No presente quadro, o que em muito explica a queda do preço do café nos últimos meses, o mercado mundial vem postergando compras do Brasil esperando o vencimento dos financiamentos e a pressão do fluxo de caixa dos milhares de produtores.
            Como o café é produto não perecível, a rede de armazenagem brasileira a mais avançada do mundo, o risco país do Brasil é baixo, os agentes mundiais ficam na espera e espreita do enfraquecimento do produtor frente aos seus compromissos de custeio.
            O Brasil continuará a ser a principal fonte de abastecimento de café do mundo de forma justa e profissional, ao preço em que a atividade é sustentável. Não podemos assistir conformados ao fato do café brasileiro estar sendo vendido com desconto de R$ 60,00 por saca enquanto outros países vendem suas produções com R$ 60,00 de PRÊMIO. De quem é a responsabilidade dessa diferença de R$ 120,00 por saca?

18 de Fevereiro de 2013, São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais.
 Ajustado em 25 de fevereiro de 2013, Varginha – MG.

Sindicato dos Produtores Rurais de São Sebastião do Paraíso – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Cássia – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiraci – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Santo de Minas – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Boa Esperança – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Muzambinho – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Guaranésia – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Cabo Verde – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Altinópolis - SP
Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Três Pontas – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Jacuí – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Itamogi - MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Pratápolis - MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Piumhi – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Guaxupé – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Belo – MG
Sindicato dos Produtores Rurais de Nova Rezende – MG

Coffee Break

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mais do que agronegócios

O Brasil é conhecido internacionalmente pelo potencial agropecuário: é líder, por exemplo, na produção de café, laranja, Cana-de-açúcar e carne bovina


O agronegócio, enfim, é responsável por mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o governo federal. E as projeções para os próximos anos indicam que os números não devem parar por aí. Estudos do Ministério da Agricultura apontam crescimento em basicamente todas as áreas entre 2012 e 2022, baseado principalmente no aumento da produtividade nas zonas Rurais brasileiras. Mas, para que essa expansão realmente ocorra, são necessários profissionais que atuem em produção, gestão, distribuição e processamento dos produtos do campo.

Assim, graduações em áreas como agronegócios, gestão ambiental, zootecnia, agronomia, engenharia de alimentos e outros cursos que lidam com a cadeia produtiva rural são boas alternativas para quem busca oportunidades no mercado de trabalho. Foi atrás dessas chances que Bruna Kelly da Silva, 32 anos, começou a cursar gestão em agronegócios. A estudante acredita que o setor agropecuário brasileiro vive um momento de desenvolvimento tecnológico e que, principalmente pequenas e médias empresas envolvidas com o campo, devem atingir crescimentos significativos nos próximos anos.

O professor Kever Bruno Gomes, coordenador de curso técnico em agronegócio no DF, concorda com a estudante: "O crescimento do mercado e a especialização do setor criaram uma demanda crescente por profissionais capacitados para atender os novos empreendimentos do agronegócio, necessitando de profissionais capacitados para atuar nas relações entre empresas, pensar estrategicamente, introduzir modificações, atuar preventivamente, com uma visão ampla de toda a cadeia de produção".

Para que essas necessidades sejam atendidas, os cursos voltados para o setor agropecuário tendem a incorporar disciplinas que anteriormente não eram usuais. Bruna Kelly, por exemplo, tem aulas de noções de marketing, contabilidade e Logística voltadas para a atuação no campo, além de visitas a produtores e agroindústrias da região.

Outra habilidade procurada nesses profissionais é o domínio das relações pessoais. "Eles precisam lidar com diversos estratos sociais, entre vaqueiros, veterinários, proprietários Rurais, comerciantes, engenheiros e empresários. Logo, é preciso saber falar e negociar com todos eles. Essa propriedade na comunicação costuma ser bem valorizada", explica o professor Guilherme Carvalho.

Variedade

Quanto às oportunidades do mercado, o professor afirma que atualmente há uma grande variedade de possíveis áreas para atuação, mas aqueles que buscam trabalhar de forma mais direta com o campo devem estar dispostos a viver em pequenas e médias cidades, onde a produção agropecuária se desenvolve mais. De acordo com as projeções do Ministério da Agricultura, o estado de São Paulo deve se manter como grande produtor da área, mas outros estados, como Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia, também devem apresentar crescimento no setor agropecuário na próxima década.

As opções para quem prefere estar nos grandes centros também são diversificados. Companhias especializadas no comércio de produtos agrícolas, prestadoras de consultorias e outras empresas com foco administrativo voltado para a área costumam ter escritórios em cidades maiores.

A remuneração dos profissionais envolvidos no mercado agropecuário varia bastante de acordo com a área de atuação. Para se ter uma base, um zootecnicista, responsável, entre outras coisas, pela nutrição e pelo Melhoramento genético de animais e plantas, tem o piso salarial de R$ 2.280, de acordo com a Associação Brasileira de Zootecnia (ABZ). Mas a demanda por profissionais qualificados faz com que o valor esteja bem acima do piso, chegando a mais de R$ 10 mil.

R$ 2.280

Piso salarial de um zootecnista, de acordo com a Associação Brasileira de Zootecnia (ABZ)

Correio Braziliense




CNA

Agrocafé 2013 debaterá soluções para os preços baixos no mercado de cafés especiais


Evento acontece de 11 a 13 de março, em Salvador (BA)

 Shutterstock
Atualmente, os preços dos cafés especiais estão quase equiparados ao chamado café comum, que vale em torno de R$300 a saca

Os preços do café fino, cotados atualmente em torno de R$320 a saca, vão na contramão da lógica de mercado, segundo a análise da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé). De acordo com a instituição, com osestoques mundiais baixos e a retração da produção da Colômbia, era de esperar o aumento dos preços do produto que, em dezembro de 2011,estavam em torno de R$520 reais. No entanto, atualmente, os cafés especiais estão quase equiparados ao chamado café comum, ou consumo, que vale em torno de R$300 a saca. 

As razões e soluções para os baixos preços dos cafés especiais serão discutidas durante o 14° Simpósio Nacional do Agronegócio Café 2013 (Agrocafé), que vai acontecer emSalvador (BA) durante os dias 11 a 13 de março. 


Em 2011/2012, o Brasil colheu a maior safra da sua história, 51 milhões de sacas. Com a influência do fenômeno da bianualidade, característico da cafeicultura, que alterna safras altas e baixas em ciclos de dois anos, a expectativa dos produtores era de uma produção de 10 a 20% inferior à antecedente, mas, de acordo com a Conab, o Brasil deve colher em torno de 48 milhões de sacas, o que, na opinião da entidade, é ainda uma oferta grande demais para impactar nos preços.

GLOBO RURAL

Conselho Nacional do Café solicita ao governo medidas para o setor


Minha foto

Conselho Nacional do Café solicita ao governo medidas para o setor

Davilym Dourado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê uma safra de café deste ano em torno de 47,8 milhões de sacas

Preocupados com as especulações no mercado, o Conselho Nacional do Café (CNC) solicitou que ao governo federal que haja a confirmação, por parte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no próximo mês, do tamanho da safra que o Brasil colherá este ano

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)apontou a colheita atual em 47,8 milhões de sacas, montante que se enquadra no gap divulgado pela Conab em janeiro, de 46,98 milhões a 50,16 milhões de sacas. 

Em reunião com o Ministério da Agricultura, o CNC solicitou ainda a confirmação do reajuste do preço mínimo de garantia para o café, de forma que se torne compatível aoselevados custos de produção. Atualmente, a cotação mínima estipulada para o café, em vigência desde 2009, é de R$ 261,69 por saca de arábica e de R$ 156,57 por saca de conilon. 

Ainda na audiência com os representantes do Ministério da Agricultura, o conselho debateu a implantação, em caráter emergencial, de um misto de Programa de Opções e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), com o objetivo de diminuir a concentração de oferta no período de colheita que se aproxima.

Conselho Nacional do Café solicita ao governo medidas para o setor

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Universidade Federal de Lavras sediará Agência de Inovação do Café





Foi autorizada a construção da Agência de Inovação do Café, que será sediada no campus da Universidade Federal de Lavras –Ufla, instituição participante do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. A Agência deverá integrar em um mesmo espaço físico iniciativas voltadas ao desenvolvimento de inovações do setor cafeeiro.
Cerimônia na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior –Sectes realizada na última terça-feira (19) reuniu autoridades para assinatura do termo que dá início às obras. O evento contou com a presença do secretário Nárcio Rodrigues, secretário adjunto e coordenador do projeto Inova Minas, Evaldo Vilela; secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles; superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação, Déa Fonseca; subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vicente Gamarano, e o superintendente de Inovação Tecnológica, José Luciano de Assis Pereira. Pela Ufla, esteve presente o assessor de assuntos Institucionais, professor Antonio Nazareno Guimarães Mendes, que também é membro da Coordenação Técnica do Consórcio, e o gerente do Polo de Excelência do Café, Edinaldo José Abraão.
O projeto vem sendo articulado desde 2009 pelo Polo de Excelência do Café e pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – Sectes, contando com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Ufla.
Estima-se investimento da ordem de dois milhões de reais e a construção deverá ser finalizada no segundo semestre de 2013. Desse montante, foi feito o repasse de R$ 1,2 milhão pela Finep e a contrapartida da Ufla será de R$ 800 mil, negociados com o Ministério da Educação (MEC).
O projeto vai integrar iniciativas como o Polo de Excelência do Café, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-Café), Centro Tecnológico de Comercialização Online de Café (e-Café Brasil), o Centro de Inteligência em Mercados (CIM), que inclui o Centro de Trainee em Mercados e Bureau de Informação e Desenvolvimento do Café, além de ações do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café – Cepecafé/ Ufla.
A Agência de Inovação do Café vem somar à estrutura já disponível na Ufla com foco em inovação, como o Núcleo de Inovação Tecnológica – Nintec, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica – Inbatec e o Parque Científico e Tecnológico de Lavras – Lavrastec, cuja construção terá início em breve.
Avaliações - Para o professor Antônio Nazareno, que no ato representou o reitor da Ufla, o professor José Roberto Scolforo, a obra tem uma importância muito grande para a Universidade e para o Estado de Minas, por consolidar a trajetória de excelência na geração de conhecimentos científicos e tecnológicos para o setor cafeeiro.
Na avaliação de Edinaldo Abrahão, a Agência de Inovação do Café surge para integrar o governo, as universidades e o setor empresarial, considerando as condições estruturais de uma aliança estratégica como a base edificadora que faltava para elevar a cafeicultura de Minas à competitividade desejada na sociedade do conhecimento. “Esse projeto não é uma obra em si, uma estrutura a mais, esse prédio vai simbolizar uma estrutura para agregar profissionais de diferentes áreas do conhecimento, que trabalham para tornar a cafeicultura mineira referência em ciência, tecnologia e inovação”, reforça.
Para Narcio, o momento representa uma significativa conquista para a comunidade cafeeira de Minas. "É bom colher resultados na área onde nós temos história, tradição e mais do que passado, nós temos um grande futuro. É na cafeicultura que está reservado um espaço muito especial para que Minas possa ampliar a sua presença no mercado internacional".
O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância da cafeicultura mineira para o País. "O produtor brasileiro é um gigante".
Consórcio Pesquisa Café - Coordenado pela Embrapa Café, essa rede integrada de pesquisa reúne instituições brasileiras de pesquisa, ensino e extensão estrategicamente localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva à interação entre as instituições e a união de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais, que permitem desenvolver projetos inovadores. Foi criado por dez instituições ligadas à pesquisa e ao café: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Saiba mais sobre a Ufla e suas pesquisas em café.
    
Fonte: Ascom Ufla e Governo de Minas Gerais.

UFLA apresenta alternativas para armazenamento de cafés especiais



O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Lavras (UFLA) registrou no dia 15/02 uma defesa de tese com resultados que prometem alterar a forma como o produtor brasileiro de cafés especiais armazena e exporta o produto. A tese defendida por Fabiana Carmanini Ribeiro faz parte dos estudos coordenados pelo professor Flávio Meira Borém, referência em pesquisas que envolvem práticas pós-colheita para cafés diferenciados pela qualidade.

Em estudos anteriores, o grupo de pesquisadores já havia confirmado que o armazenamento do café sob atmosfera artificial promove a preservação da qualidade por um período mais longo, mantendo a aparência e a diferenciação do produto no mercado. Porém, não se chegou a uma definição eficaz e viável economicamente para cafés classificados com notas superiores a 80 pontos na escala utilizada pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), justificando a busca por novas tecnologias que atendam às necessidades desse mercado.

Dessa vez, os pesquisadores avaliaram a composição física, química e sensorial do café beneficiado, classificado como especial, armazenado em oito diferentes tipos de acondicionamentos por 12 meses. O experimento foi instalado no Laboratório de Processamento de Produtos Agrícola do DEG/UFLA e no armazém comercial de uma empresa exportadora, parceira no projeto. Os grãos de café foram acondicionados em sacos de juta, sacos GrainPro, sacos plásticos similares ao GrainPro e dois tipos de embalagens aluminizadas.

O resultado confirmou que os grãos de café perderam qualidade sensorial, independente do método de acondicionamento, após 12 meses de armazenamento; porém, os grãos de café acondicionados em embalagem aluminizada e com atmosfera modificada ativamente (injeção de 10% de CO2) tiveram menor oscilação das notas na avaliação sensorial durante o período de armazenamento.

Após 12 meses, os grãos acondicionados em saco de juta no armazém convencional deixaram de ser classificados na categoria de cafés especiais e a alteração na qualidade já é notada logo nos primeiros três meses de estocagem. Dessa forma, fica evidente que o acondicionamento em saco de juta não é recomendado para o armazenado de cafés especiais. Porém, apesar desse resultado parecer óbvio, a maioria das exportações de cafés especiais do Brasil e do mundo ainda acontece em sacos de juta.

Esse resultado leva em consideração as avaliações de diferentes métodos de acondicionamento na qualidade do café por meio do teor de fibras, sacarose e atributos sensoriais, além de alterações no perfil de ácidos graxos livres, acidez graxa e características sensoriais durante o armazenamento.

De acordo com o professor Borém, a preservação de atributos sensoriais desejáveis nos grãos de café depende essencialmente das condições de armazenagem, sendo que a maior parte da produção passa por um período de estocagem. Ele explica que o armazenamento é considerado uma das etapas mais importantes para a manutenção da qualidade do produto final, além de suprir demandas na entressafra e assegurar ao produtor melhor preço no mercado. “Dependendo das condições de armazenamento, o café tem suas características iniciais alteradas, ocorrendo transformações físicas, químicas e sensoriais, as quais intensificam com o período e condições de armazenamento”, considera.

Café especial em embalagem tradicional

O café brasileiro é armazenado, essencialmente, no sistema convencional, ou seja, em sacos de juta, ficando susceptível à perda de qualidade, devido a variação do teor de água dos grãos e sua interação com o ar ambiente. Além dos sacos de juta, vem sendo utilizadas embalagens denominadas big-bags, com capacidade de até 1200 quilos.

Alterações na qualidade da bebida dos grãos de café são evidenciadas durante o armazenamento, devido à degradação de compostos químicos e à geração de substâncias que conferem características indesejáveis ao paladar, afetando negativamente alguns atributos sensoriais, como a acidez, sabor, doçura e corpo. Tais mudanças são mais acentuadas nos grãos acondicionados em sacos de juta, intensificando-se com o período de armazenamento e com o aumento da temperatura e umidade relativa do ar ambiente.

De acordo com Borém, no caso do produtor ou exportador usar os sacos de juta para armazenar o café, eles devem controlar o ambiente de armazenamento com redução da temperatura e umidade relativa. Dessa maneira, as alterações irão ocorrer, porém, menos intensas do que em armazém convencional.

Embalagens alternativas

Como o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, também é interesse do País encontrar novas formas de acondicionamento que permitam prolongar o tempo de armazenamento dos cafés especiais, preservando sua qualidade e assegurando ao cafeicultor maior período de comercialização, garantindo assim melhor preço. Mais um fator positivo para assegurar a competitividade do café brasileiro, destacado no mercado internacional pelas diferenças regionais de caráter social, econômico, cultural e edafoclimático (relativo ao clima do solo) e pela ampla variedade de sabores e aromas.

Outras formas de acondicionamento têm sido testadas, algumas delas usadas com sucesso por algumas empresas brasileiras de produção e exportação de café, como é o caso das embalagens à vácuo, entretanto, essa alternativa não é viável a todos os produtores devido o elevado custo.

O uso de atmosfera artificial modificada ativamente é a melhor tecnologia para se preservar a qualidade do café especial, destacando-se o uso de injeção de CO2 para a preservação da qualidade física, química e sensorial do café.

As informações são da UFLA, adaptadas pelo CaféPoint.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Metas ambiciosas para o café orgânico



Produção de café orgânico em Machado (MG): colheita nacional ainda é pequena


Produção de café orgânico em Machado (MG): colheita nacional ainda é pequena

A Associação de Café Orgânico do Brasil (Acob) poderá contar com o apoio de uma fundação da Holanda em sua meta de ampliar a participação do produto para 5% da produção nacional em dez anos e 10% em 20 anos. Atualmente, estima-se que essa fatia seja de 0,25%. Além do apelo da sustentabilidade, para pequenos produtores o cultivo orgânico pode significar boa rentabilidade diante dos baixos preços da commodity.

Os planos da Acob de incrementar a safra são respaldados sobretudo pela grande demanda internacional para o café orgânico "gourmet". Mas, para incentivar a expansão, a entidade quer tentar obter o compromisso de compradores nacionais e estrangeiros de que haverá demanda no futuro.

Nesse contexto, a associação investe em um trabalho de revitalização da entidade e de promoção do segmento que demandará, inicialmente, R$ 1 milhão. Uma das financiadoras desse projeto poderá ser a Fundação Tierra Nova, criada pela empresa holandesa Simon Lévelt, para promover o consumo sustentável de café e chás. A parceria ainda não foi fechada.

A produção nacional de café orgânico tem oscilado entre 80 mil e 100 mil sacas por safra, ante cerca de 300 mil sacas de 2003 a 2004, auge deste mercado, de acordo com Cassio Franco Moreira, produtor e presidente da Acob.

No início da década passada, muitos produtores entraram neste ramo porque não existiam certificações da produção, mas depois encontraram dificuldades para colocar o café orgânico no mercado, conforme Moreira.

Hoje, 75% da produção vai para o exterior, principalmente para Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Japão.

Apesar de os custos de produção serem muito variáveis -difícil de dimensionar um valor médio - e de a produtividade média ser um pouco menor, os prêmios sobre o café orgânico gourmet giram em torno de US$ 3 a US$ 4 por libra-peso, enquanto para o produto médio fica entre US$ 0,50 e US$ 0,70 por libra-peso. "Em épocas de crise da cafeicultura, o diferencial entre o orgânico e convencional fica mais alto", diz Moreira.

Há mais de 20 anos na produção orgânica, Moreira tem planos de aumentar a área com o produto de 20 para 35 hectares em sua propriedade em Machado, Sul de Minas, e faz a renovação dos cafezais. A safra 2012/13 rendeu cerca de 350 sacas.

O produtor Cláudio Carneiro Pinto, de Carmo de Minas, atualmente recebe em torno de R$ 850 por saca do orgânico especial, enquanto o produto convencional de café de alta qualidade vale entre R$ 350 a R$ 400. Sem informar o custo de produção, o produtor afirma que não tem prejuízo com a atividade. Cerca de 70% da produção vai diretamente para uma empresa no Japão.

Neste fim de semana, em Machado, representantes da fundação, produtores, processadores, exportadores e importadores vão participar de uma reunião sobre a cafeicultura orgânica para discutir os desafios e oportunidades para o segmento.

Carine Ferreira

CNA

Sancionada lei para renegociação da Dívida Ativa

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PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

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ALUGAMOS PARA EVENTOS

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DECLARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ANORMALIDADE NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE VARGINHA, ESTADO DE MINAS G

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