Enquanto o governo liberou hoje R$700 milhões para sustentar os preços do milho, os produtores de café se encontram em situação desanimadora. O preço mínimo definido para o café arábica (R$307,00) não cobre os custos de produção, o que vem trazendo prejuízo para a cafeicultura.
O Ministério da Agricultura, através de sua assessoria de imprensa, informou que não há previsão de leilões de Pepro para aliviar o bolso do produtor. A proposta está em estudo com o Ministério da Fazenda, mas não possui nenhuma definição até o momento.
No mercado internacional, a situação do café também é complicada. Em junho, segundo relatório nesta segunda-feira (08) divulgado pela Organização Internacional do Café (OIC), os preços do grão cairam para os níveis mais baixos desde setembro de 2009.
O preço composto da OIC recuou para 117,58 cents por libra-peso, enquanto o mês anterior trazia um preço de 126,96, o que representa uma queda de 7,4%. Segundo a organização, as cotações foram derrubadas pelas incertezas sobre as perspectivas macroeconômicas, uma vez que o mercado está bem abastecido com o grão. Os preços das commodities também declinaram ao longo do mês passado, devido a notícias negativas da China e dos Estados Unidos.
Durante os primeiros oito meses do ano cafeeiro 2012/13, o Brasil exportou 22,75 milhões de sacas, um aumento de 9,7% em relação a 2011/12, quando foram exportadas 20,74 milhões de sacas. O café robusta subiu de 29,59 milhões de sacas para 27,70 milhões de sacas, um aumento de 10%.
A OIC aponta que a evolução dos preços atuais diminui o incentivo dos agricultores para investir nas lavouras, o que pode gerar impacto negativo nos volumes de produção e qualidade nos próximos anos.
Fonte: Notícias Agrícolas - Isadora Pimenta
Nenhum comentário:
Postar um comentário