quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pelé entra em campo como astro do "Time Agro Brasil", da CNA

Pelé entra em campo como astro do "Time Agro Brasil", da CNA

Divulgação/CNA
O rei do futebol, Pelé, é a estrela da campanha da CNA

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), chamou Edson Arantes do Nascimento – o rei Pelé – para entrar em campo em defesa da qualidade e da sustentabilidade da agropecuáriabrasileira. O Projeto Time Agro Brasil se estenderá até aCopa do Mundo de 2014, incluindo campanhas promocionais para fortalecer e estimular a confiança dos brasileiros nos alimentos produzidos no País, além de uma série de inciativas para disseminação de informações sobre novas tecnologias de produção e gestão para os produtores rurais, especialmente os pequenos. 


Pelé participa dos vídeos e de uma série de eventos até o final da campanha, em junho de 2014. No filme de lançamento, faz uma associação entre as suas vitórias nos campos de futebol e as vitórias do Brasil no campo da agricultura. Afirma que, hoje, o Brasil produz “comida boa, saudável e barata”, fazendo “sucesso lá fora e aqui dentro também”. 

O primeiro filme da campanha já está sendo veiculado na televisão e também conta com a participação de dois ex-ministros da Agricultura, Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues

Segundo a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, o produtor rural brasileiro será sensibilizado para uma série de temas e conteúdos, tais como técnicas de agricultura de baixo carbono, irrigação sustentável e qualidade do leite. Segundo ela, a participação do Pelé reforça a ideia de um setor vitorioso, que “joga como um time”. “Temos mais de cinco milhões de craques, que são nossos produtores rurais, que vão jogar junto com a pesquisa, a tecnologia, as políticas para o campo. Em agricultura, estamos na primeira divisão mundial e devemos ser um time bem preparado”, afirma a senadora. 

A pequena produção rural no Brasil é composta por cerca de 4,1 milhões de produtores. O projeto dá atenção especial à informação sobre qualidade e produtividade, por intermédio de informativos, cartilhas, cursos de capacitação, eventos e seminários: “O Brasil, que é cinco vezes campeão do mundo no futebol, será campeão mundial na agricultura com essa campanha estrelada por Pelé”, garante Luiz Eduardo Barreto, diretor presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). 

O projeto Time Agro Brasil destaca que a produção agropecuária brasileira é feita com preservação ambiental. “Vamos mostrar ao consumidor brasileiro a pujança do setor agropecuário, que utiliza apenas 27,7% do território para produzir, permitindo que o País mantenha intocados 61% do seu território, que continua coberto por vegetação nativa”, afirma a presidente da CNA. A campanha iniciou no último dia 28 de outubro e se estenderá até junho de 2014.


por Globo Rural On-line

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Resultado da primeira etapa do 9º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais




 


Trezentos produtores estão classificados para a próxima fase do 9º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. O resultado foi divulgado no dia 22 de outubro. Desse total, 150 concorrem na categoria natural e 150 na categoria cereja descascado. Na primeira etapa do concurso, as amostras passaram por análises física e sensorial. Na avaliação física foram observados o tipo dos grãos, a umidade e a coloração. Na sensorial, foi feita a classificação das amostras de acordo com as qualidades da bebida pronta.
Segundo o coordenador técnico regional da Emater-MG, Marcos Fabri Junior a segunda e a terceira etapas de avaliação física e sensorial serão realizadas com novas amostras coletadas e preparadas conforme os artigos 5, 6 e 7 do regulamento do concurso. Os cafés deverão ser entregues nas unidades regionais da Emater-MG até o dia 31 de outubro de 2012. O resultado final do concurso será divulgado em novembro.
Na edição deste ano, foram inscritas 1.428 amostras. 1.108 na categoria café natural e 320 na café cereja descascado. Foram aceitos exclusivamente cafés da espécie arábica da safra 2012.
A competição é aberta aos produtores das quatro regiões cafeeiras do Estado: Cerrado, Chapadas de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas. O objetivo é estimular os cafeicultores a buscarem a melhoria da qualidade, que possibilita o aumento da competitividade do produto nos mercados interno e externo e a geração de renda.
De acordo Marcos Fabri Junior, o concurso, realizado desde 2004, tem também um caráter educativo. Segundo ele, os resultados das análises serão detalhados em laudos e entregues para os extensionistas da Emater-MG responsáveis pelas inscrições. “Dessa forma, produtor e técnico terão condições de discutir quais as possibilidades existentes dentro das tecnologias preconizadas para a produção de bons cafés. Ou seja, o concurso é um trabalho de melhoria contínua dos cafés de Minas Gerais”, ressalta Fabri.

O 9º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais é realizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – por meio da Emater-MG – em conjunto com a Universidade Federal de Lavras (Ufla). A iniciativa tem a parceria de diversas instituições, como o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg), Federação de Agricultura (Faemg), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaemg), Centro de Excelência do Café, Polo de Excelência do Café, e Instituto Federal de Ensino e Tecnologia de Machado.

Confira o nome dos classificados da primeira etapa do 9º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. Clique aqui.

Agência Minas e Blog, acesse para mais notícias do Governo de Minas Gerais.
Acesse a Galeria de Fotos do Governo de Minas Gerais.
Acompanhe também no 
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Assessoria de Comunicação da Emater-MG
Sebastião Avelar
31 3349-8132


Formação das flores não define volume da produção de café, avaliam especialistas. Previsões de boa safra mexeram com os preços do grão


Bete Duarte/Agencia RBS
Foto: Bete Duarte/Agencia RBS
Primeira florada dos cafezais determina 80% da produção da safra

Quando a primeira florada de café brotou nos cafezais de Minas Gerais, maior produtor do grão no país, o mercado ficou agitado e as previsões de boa safra mexeram com os preços. Produtores e técnicos, porém, afirmam que flor não é sinônimo de café, e questionam até que ponto é possível prever o tamanho da produção avaliando as flores nos pés.

Antonio Batista Filho cultiva café em sua propriedade em Cabo Verde, no sul de MG. O café de montanha está em oito hectares produtivos e já teve a primeira e principal florada, considerada boa aos olhos de especialistas. Mais duas floradas ainda estão previstas, mas o cafeicultor se mantém cético, com base em experiências passadas.

– No ano passado, tivemos uma florada muito boa. Eu pensava em colher 300 sacas de café, mas deu apenas 230. Por isso, acho que tem muita mentira em cima disso aí. Já tivemos anos em que uma florada fraquinha se transformou em uma colheita boa. No ano passado, foi o inverso – explica o produtor.

O cafeicultor Ademar Pereira confia na boa condução da lavoura que garantiu, segundo ele, uma florada média. Ele está confiante, prevendo uma safra de baixa produção, mas ainda com bons resultados. 

– Graças aos bons tratamentos e da boa condução da lavoura, tivemos uma florada média. Agora, esperamos pela próxima florada. Acredito que teremos uma carga baixa esse ano, mas com uma produção razoável. Muita coisa que ainda está para acontecer deve ser levada em consideração em relação à florada até o fruto ser colhido.

A primeira florada determina 80% da produção. Depois, chegam as floradas menores para preencher o restante da safra. O agrônomo Francisco Coutinho avalia que o clima vem colaborando com as produções até agora.

– A florada ocorreu há uns 10 dias e consideramos que as condições climáticas estão mais adequadas este ano, em relação aos anteriores. Nós tivemos uma quantidade de umidade suficiente no solo e as condições de temperatura e chuva também estão dentro da normalidade – afirma o especialista.

Francisco também faz um alerta sobre o longo caminho até a flor virar grão de café. 

– Não quer dizer que florada é café. Flor não é café, mas é indício de que teremos uma safra boa. O período de 90 a 120 dias depois da florada é um momento crítico para a safra, pois, se houver falta de chuva, pode ocorrer abortamento do chumbinho. 

A formação das flores é um processo lento e não pode servir como único parâmetro para definir a próxima produção. O que existe de concreto é matemático e biológico: se a última colheita foi uma produção cheia, a próxima deve ter quebra com diferentes percentuais, de acordo com as características de cada região.

O que acontece em Minas Gerais serve de termômetro para o mercado e para definir o futuro da produção de café no país. Por isso, as previsões são feitas com cautela.
– Lá no Cerrado, onde a safra deste ano foi melhor do que no sul de Minas, ela deve ser cerca de 20% menor no ano que vem. Aqui no sul de Minas, tivemos uma quebra de safra. Em uma região de Alfenas, indo pra Varginha, eles estão em um ciclo diferente, então deve ser um pouco melhor do que a deste ano. Em compensação, do lado de Guaxupé, indo para Paraíso até sair na divisa de São Paulo com Franca, que é uma grande região produtora, devemos ter uma safra de 20% a 30% abaixo da registrada este ano. A safra do ano que vem seguramente será menor do que a deste ano – afirma Lucio Dias, superintendente de operações comerciais da Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé).

Marcelo Lara | Guaxupé (MG) 
CANAL RURAL

CNA estima que faturamento do setor agropecuário crescerá 8,7% em 2012 segundo estimativa da CNA, VBP este ano deve chegar a R$ 357,3 bilhões, reflexo da elevação dos preços dos produtos agrícolas


A elevação dos preços das principais commodities agrícolas, ocasionada pela redução de oferta e de produção, revisou para cima a estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) do setor agropecuário em 2012, que deverá fechar o ano em R$ 357,3 bilhões, crescimento de 8,7% em relação a 2011, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Somente o faturamento bruto da agricultura atingirá R$ 225,3 bilhões, com expansão de 12,3% na comparação com o ano passado, influenciado, entre outros fatores, pelo comportamento da soja, cujo aumento de receita está estimado em 20,8% a mais do que em 2011, alcançando uma cifra de R$ 68,3 bilhões, diante da previsão de uma safra menor no Brasil e nos Estados Unidos.
 
“Apesar dos preços da soja no mercado doméstico não terem apresentado grandes valorizações no mês, estes ainda se encontram em patamares elevados em relação aos registrados no ano anterior, permitindo a expansão no faturamento”, explica o estudo da CNA. O milho deve ter faturamento 39,8% superior ao de 2011, totalizando R$ 34 bilhões, em razão do aumento de 26,4% na produção e de 10,6% nos preços. No entanto, a entidade ressalta que, no caso do cereal, o retorno do quadro de déficit econômico dos países europeus e o avanço da colheita norte-americana podem pressionar os preços do grão para baixo e impactar os ganhos futuros.
 
O VBP da cana-de-açúcar também foi revisado, sendo estimado em R$ 43 bilhões, com incremento de 43,3% na receita da atividade, em razão da queda de 7,7% na produção. A restrição de oferta também deverá favorecer o trigo, que terá, em 2012, faturamentos 20,6% superior a 2011, somando R$ 3 bilhões, principalmente em função da quebra de safra na Rússia. Já o café deverá sofrer uma retração de 14,2% no faturamento em relação ao ano passado, provocada pelo aumento da produção e pelo cenário de incertezas na Europa e nos Estados Unidos, com consequente redução de demanda. 
 
Em relação à pecuária, espera-se uma expansão de 3% para o VBP, em 2012, em comparação a 2011, chegando a R$ 132 bilhões. Este pequeno acréscimo se deve, principalmente, ao setor da carne bovina, cujo faturamento deverá ser 6,7% menor do que no ano passado, por causa da queda de 8,9% no preço do produto neste ano, se comparado ao ano passado, e à carne suína, que terá receita 12,7% inferior ao VBP observado no ano passado, reflexo da crise neste setor. Apenas o setor avícola terá crescimento no VBP, de 22%, impulsionado pelo aumento dos preços da carne de frango, embora a remuneração paga ao produtor ainda seja insuficiente para pagar os custos de produção da atividade.
 
PIB – O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio teve queda de 0,13% em julho, segundo levantamento da CNA, feito em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar do resultado, a retração teve um ritmo menor em relação aos outros meses. No acumulado de janeiro a julho, o PIB do agronegócio está negativo em 1,77%. Observando o comportamento do PIB no segmento “dentro da porteira”, a agricultura registra no ano retração de 2,18%, enquanto a pecuária cresceu 2,76% nos primeiros sete meses do ano.
Fonte: CNA


domingo, 21 de outubro de 2012

Vetos de Dilma Rousseff ao Código Florestal preocupam cafeicultores de Minas Gerais situação de muitos produtores mineiros é de desinformação e insegurança quanto às novas regras


Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Sul de Minas é responsável por 25% da produção de café no Brasil

Os vetos da presidente Dilma Rousseff ao texto do novo Código Florestal geraram preocupação aos cafeicultores do sul de Minas Gerais. As lideranças do setor já esperavam o desdobramento, mas grande parte dos produtores se encontra em uma situação de desinformação e de insegurança jurídica.

O agronegócio é o motor da economia na maioria dos municípios da região, que responde por 25% da produção de café do país.

– Nós esperávamos por isso. Já era anunciado que Dilma faria os vetos, até porque nós sabemos seu tipo de personalidade. Mas, infelizmente, isso precisa ficar mais claro. Acho que há necessidade de uma linguagem mais fácil entre a produção e a mídia, também  para o povo saber que o que realmente faz girar o Brasil é o agronegócio – opinou Antônio Carlos Martins, diretor da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé). 

No entanto, a maioria dos produtores não consegue se manter atualizado sobre o novo Código Florestal e entender suas consequências. O cafeicultor Ademar Pereira acompanhou os trâmites no início, com a primeira vitória dos deputados que defendiam benefícios aos ruralistas. 

– Nós, que vivemos em uma região montanhosa, pensávamos que fosse um privilégio estarmos cercados de água e de muita riqueza natural. Mas, com relação à produção de café, o Código Florestal nos preocupou. A gente achou que fez uma primeira vitória, que fosse passar fácil. Não temos muito acesso a esse tipo de informação, não sabemos o que acontece nesse trâmite da política e quais são os interesses. 

Já o cafeicultor Joaquim Goulart de Andrade está brigando na Justiça para regularizar sua propriedade. Ele está desanimado com a falta de consenso sobre o Código.

– Existe uma grande insegurança com relação ao Código Florestal. Eu, particularmente, estou com problema, tenho algumas ações judiciais. A situação é prejudicial porque estamos em uma sinuca, uma hora é uma coisa, no outro dia é outra totalmente diferente, não existe consenso. 

O cafeicultor Antonio Batista Filho, que tem apenas 10 hectares de área, sendo oito de plantação de café em um terreno acidentado, acredita que o problema seja o custo que a preservação ambiental irá gerar para os produtores.

– O que está me preocupando é que um pequeno produtor como eu não tem condições para cercar áreas de APP e de Reserva Legal. Um quilômetro de cerca fica em torno de R$ 8 mil. Não tenho condições financeiras para isso – concluiu.

Marcelo Lara | Uberaba (MG)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Aprovada proposta do deputado Diego Andrade que beneficia pequenos municípios e produtores rurais




Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 574/12 aprovou dois destaques e uma emenda do deputado Diego Andrade (PSD-MG), que visam ajudar pequenos municípios e produtores rurais.
                                      
À MP 574 de autoria de Andrade estabelece novos prazos e benefícios para a renegociação de dívidas oriundas de operações de Crédito Rural inscritas na Dívida Ativa da União. De acordo com o deputado, este foi um importante passo, conseguido com muito esforço, para oferecer aos produtores a possibilidade de equalizar as contas.                             
            

Senadores divergem sobre vetos à lei que altera Código Florestal. Para muitos parlamentares, apesar dos nove vetos e da edição de decreto para suprir lacunas, Dilma manteve no texto o equilíbrio de forças negociado entre ambientalistas e ruralistas; outros acusam a presidente de desrespeitar os acordos feitos no Congresso.


Rio Mucuri em Nanuque (MG): um dos principais pontos de divergência
é o veto que aumentou a recomposição mínima de mata ciliar nas 
margens dos rios para quem tem médias propriedades em áreas de 
preservação permanente

Os vetos impostos pela presidente Dilma Rousseff ao sancionar a lei que complementa o novo Código Florestal gerou ontem reações adversas entre os senadores.
O presidente do Senado, José Sarney, e o relator da matéria, Luiz Henrique (PMDB-SC), consideraram positivos os vetos ao projeto (PLV 21/12). Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Sérgio Souza (PMDB-PR) também elogiaram a forma como, na quarta-feira, o Executivo incorporou a maior parte das modificações propostas ao novo código, vetou partes consideradas prejudiciais ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, editou o Decreto 7.830/12, publicado ontem, suprindo os vetos e introduzindo normas para a regularização ambiental. Já Ana Amélia (PP-RS), Cyro Miranda (PSDB-GO) e José Agripino (DEM-RN) criticaram as mudanças apresentadas pelo Executivo.
Os vetos atingiram uma parcela dos médios produtores e limitaram vantagens esperadas pelos grandes agricultores. O Decreto 7.830/12, no entanto, define regras que facilitam a regularização dos que desmataram ilegalmente áreas de proteção ­permanente. Ele prevê que sejam instituídos nos estados e no Distrito Federal os programas de regularização ambiental (PRAs), nos quais estarão estabelecidas as ações a serem desenvolvidas pelos proprietários que queiram legalizar áreas hoje irregulares quanto às normas ambientais.
Os programas deverão ser implantados em até dois anos da data da publicação do novo Código Florestal. Nesse período até a implantação do PRA e após a adesão do agricultor ao programa, o proprietário rural não poderá ser autuado por desmatamentos ilegais ocorridos antes julho de 2008. E quando o agricultor assinar termo de compromisso previsto no PRA, estarão suspensas as multas por desmatamentos ilegais, que serão consideradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.
Recomposição
O PLV 21/12 resultou de modificações feitas na Medida Provisória 571/12, editada para suprir lacunas deixadas também por vetos da presidente ao projeto do novo Código Florestal (Lei 12.651/12) enviado pelo Congresso ao Executivo.
Estão mantidas no novo código as faixas mínimas de recomposição de APP para pequenas propriedades, para qualquer tamanho de rio.
No entanto, a presidente vetou inciso que tratava de propriedades maiores que 4 módulos fiscais e incluiu no decreto regra para ­regularização de APPs nessas unidades.
O Decreto 7.830/12 prevê a recomposição de pelo menos 20 metros de mata, em rios de até 10 metros, para propriedades de 4 a 10 módulos fiscais. A bancada ruralista queria reduzir a exigência para 15 metros de mata e ampliar para até 15 módulos fiscais as unidades beneficiadas.
Ainda conforme o decreto, para as demais situações será obrigatória a recomposição de mata em faixa correspondente à metade da largura do rio, observado o mínimo de 30 metros e o máximo de 100 metros. No projeto aprovado no Congresso, o limite mínimo havia sido reduzido para 20 metros.
A presidente também vetou a possibilidade de recomposição de apenas 5 metros de mata ciliar para rios intermitentes com até 2 metros de largura, independentemente da área do imóvel rural.
A área máxima obrigatória de recomposição de APP não pode ultrapassar 10% das propriedades com até 2 módulos fiscais e 20% das unidades de 2 a 4 módulos fiscais. Foi vetada regra prevendo que a exigência de recomposição de APP não poderia ultrapassar 25% das propriedades entre 4 e 10 módulos fiscais.
Dilma manteve norma incluída no Congresso permitindo o cômputo de APP no cálculo da reserva legal, mesmo que implique novos desmatamentos, quando a soma de APP e vegetação nativa for maior que 80% do imóvel em áreas de floresta da Amazônia Legal. No entanto, vetou essa possibilidade para as demais regiões.
Frutíferas
O Executivo também decidiu excluir a possibilidade de plantio de frutíferas na recomposição de APPs. Foi vetado parágrafo que determinava não ser de preservação permanente a várzea existente além dos limites da mata ciliar obrigatória.
O decreto também cria o Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), que possibilitará controlar informações sobre remanescentes de vegetação nativa, APPs e reservas legais.
Jornal do Senado

CCCMG : Drauzio Varella fala sobre cafe e estilo de vida saudavel para cooperados da Cooxupe


CCCMG : Drauzio Varella fala sobre cafe e estilo de vida saudavel para cooperados da Cooxupe

Médico realizou palestra em evento de inauguração do Complexo Industrial Japy da Cooxupé, na manhã desta quinta-feira, 18 de outubro

O médico e especialista em cancerologia, doutor Dráuzio Varella, falou sobre café e estilo de vida saudável para mais de 1,5 mil cooperados, em evento que marcou a inauguração da segunda etapa do Complexo Industrial Japy da Cooxupé, na manhã desta quinta-feira, 18 de outubro.

Dráuzio apresentou ao público alguns estudos realizados em países, como os Estados Unidos, que constataram a diminuição da mortalidade, numa faixa de 10 a 15%, em homens e mulheres que consomem café. O médico também comentou a importância desta bebida e que o café pode sim fazer parte de um estilo de vida mais saudável.

Café e saúde  
O evento ainda contou com a participação do médico cardiologista Miguel Moretti, que apontou dados de recentes pesquisas que comprovam os benefícios do café para a saúde. O palestrante apresentou alguns estudos científicos, trazendo constatações referentes ao consumo da bebida como: o aumento da concentração, atenção e memória; redução da diabetes; diminuição do risco de AVC em mulheres.

Miguel ainda apresentou que o consumo de cafeína é seguro, se feito com moderação, ou seja, até 500 mg diariamente. “Não há nenhuma repercussão negativa do café na saúde das pessoas se for tomado em quantidades habituais. Nem naqueles com doença coronária”, enfatizou.

O Complexo Industrial do Japy 
O complexo logístico recebeu investimentos de cerca de R$ 75 milhões e irá implementar um processo inovador para o café: saem de cena as sacas de 60kg e a operação passa a ser feita a granel e automatizada, conferindo maior competitividade ao grão.

Com o complexo, a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, dobrou sua capacidade de armazenamento e beneficiamento do grão, correspondendo às necessidades do mercado atual. A unidade de preparo engloba um conjunto de 60 silos, com capacidade para 3 mil sacas cada, que serão utilizados para guardar os cafés preparados para a venda nos mercados interno e externo.

Estas estruturas podem receber, a granel, o equivalente a 35 mil sacas de café por dia. A capacidade de preparo da Cooxupé passa a ser de 27.800 sacas/dia.

Outras informações pelo site: www.cooxupe.com.br

Fonte: Phábrica de Ideias - Assessoria de Imprensa

Ruralistas ameaçam retaliar governo por quebra de acordo no Código Florestal Descontentes com artigos derrubados por Dilma, ruralistas não descartam questionar nova lei na Justiça


Marielise Ferreira
Foto: Marielise Ferreira / Agencia RBS
O produtor João Noeli Kaczerski diminuiu o cultivo de milho para se adequar às exigências do Código Florestal

Ao vetar nove pontos do texto do Código Florestal aprovado na Câmara Federal, a presidente Dilma Rousseff modificou trechos que beneficiavam grandes produtores e, como resposta, recebeu ameaças de retaliação de ruralistas. À frente de um dos grupos mais influentes do Congresso, formado por 215 deputados e 15 senadores, o líder da Frente Parlamentar da Agropecuária, Homero Pereira (PSD-MT), classificou as mudanças como um golpe do Palácio do Planalto.
– Não foi cumprido o acordo com os líderes do governo. Quando não se cumpre um acordo, está se dando um golpe – reclamou.
Segundo Pereira, a regulamentação da lei ainda será analisada de forma mais detalhada e, se forem confirmados prejuízos graves à produção rural, haverá reação.
– Podemos tomar medidas jurídicas, políticas ou legislativas – diz Pereira, que se queixa do veto da chamada escadinha e da inclusão de rios intermitentes como áreas de preservação permanente (APPs).
Outro ponto de discórdia foi a decisão de considerar áreas de várzea como APP. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) alerta que a alteração pode afetar a produção de arroz.
– Houve um desrespeito e eles (o governo) vão levar o troco – avisa Heinze.
Apesar de mais resignada, por considerar que pelo menos passa a haver segurança jurídica, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), não descarta uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal, caso estudos mostrem prejuízos significativos. Para Kátia, o pior foi o descumprimento do acordo entre ruralistas e líders do governo no Congresso.
– Precisamos continuar na luta pela exigência da apreciação dos vetos – diz a senadora, referindo-se à prerrogativa dos parlamentares de ainda apreciar os vetos, o que não deve ocorrer este ano.
O cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília, entende que, apesar das ameaças, a bancada ruralista mostra sinais de divisão e boa parte dos deputados consideraria ter questões mais importantes a tratar com o governo daqui para a frente. Assim, promessas de retaliação não conseguiriam dificultar votações de interesse do governo.
– Alegam que Dilma os traiu, mas eles também prometeram não mexer no texto que veio do Senado – observa.
Para Fleischer, Dilma fez na marra a conciliação possível entre produção e conservação da natureza, e os vetos foram a saída devido às negociações fracassadas na Câmara, após o texto sair do Senado. A tentativa de um meio termo, no entanto, também deixou ambientalistas irados. O Comitê Brasil avalia uma ação para questionar o texto. Para o Planalto, o debate sobre o código foi encerrado. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirma que o próprio Congresso deu a autorização para a Executivo legislar sobre o tema ao determinar que as regras fossem feitas por decreto.
Lados opostos na trincheira dos debates sobre o Código Florestal, ambientalistas e ruralistas se uniram na quinta-feira no coro de descontentamento com a versão final do novo código. Dificuldades na aplicação das normas e questionamentos jurídicos futuros são argumentos apresentados.
– É só uma lei de legalização do desmatamento. Não é uma lei florestal propriamente dita. Boa parte dos produtores rurais, quando tiver de implementar essa lei, perceberá o quão complexa e contraditória é – ressalta o ambientalista Raul do Vale, do Instituto Sócio Ambiental.
Para o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), da Frente Parlamentar da Agropecuária, um dos pontos problemáticos refere-se às áreas de várzeas.
– Precisamos resolver isso ou parar com o plantio de arroz. A Justiça deve resolver isso porque ninguém vai deixar de plantar arroz. A presidente tomou essa decisão errada e, com certeza, vai ter de corrigir seu próprio erro – completou.
O advogado Gustavo Trindade, professor de direito ambiental da UFRGS, consideraque a lei ficou restrita ao campo:
– O código ainda tem uma série de problemas com relação à aplicação das áreas de preservação permanente em zonas urbanas, como se trata a regularização de APPs já implantadas em zonas urbanas.
Preservação no lugar do milho
A redução de hectares cultivados para adequar a propriedade às exigências do Código Florestal fez o produtor João Noeli Kaczerski, 54 anos, apostar na criação de uma agroindústria familiar para complementar a renda. Dos 8,5 hectares da propriedade em Mariano Moro, no norte do Estado, dois foram destinados à preservação. Com isso, deixou de cultivar milho na área onde colhia, em média, 160 sacas.
No local preservado, às margens da nascente do Rio São Miguel, o produtor ainda instalou cercas e plantou aproximadamente cem mudas de árvores nativas. Para 2013, a meta é plantar mais mudas em uma área de 30 metros ainda sem árvores.
Atualmente, Kaczerski cultiva milho e pastagens em cinco hectares. Mesmo abrindo mão de uma área para agricultura, comemora estar adequado à legislação:
– Ainda não tenho conhecimento das últimas mudanças, mas vou trabalhar para estar 100% de acordo com a lei em um ano.
No final de 2012, o produtor ainda espera receber os R$ 500 oferecidos por um programa da prefeitura do qual participa e que bonifica anualmente agricultores que atingiram pelo menos três metas relacionadas ao ambiente – a chamada Bolsa-Verde. Segundo a Secretaria de Agricultura da cidade, cerca de 98% dos produtores rurais do município participam da iniciativa.
Futuro da propriedade preocupa
Produtor em uma área de 29 hectares destinada à pecuária leiteira no interior de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, Daniel Ricardo Hirsch, 41 anos, considera que será fortemente impactado pelas definições determinadas pela escadinha do novo código. Com lavouras de milho plantadas em até um metro de distância das águas do Rio Pardinho, que corta uma das extremidades da sua propriedade por 220 metros, Hirsch acredita que a necessidade de recuar as plantações prejudicará muito sua produção:
– Estou bem assustado, porque, se eu seguir à risca as regras, vou acabar perdendo até 40% da minha propriedade.
Como se enquadra nas propriedades que têm entre um e dois módulos fiscais, Hirsch terá de reservar uma área de oito metros às margens do rio Pardinho para o plantio de árvores. Além disso, a propriedade da família ainda é cortada por dois arroios, que têm cerca de cinco metros de largura cada, impactando em mais oito metros a menos em cada lado.
Prevendo uma redução de 50% na renda mensal, o agricultor, que há dois anos deixou de cultivar tabaco devido ao aumento no custo da mão de obra, se diz muito preocupado e ainda não sabe qual será o futuro do negócio.
– Vou ter de ver se ainda valerá a pena continuar no ramo do gado leiteiro. Realmente, não sei o que vai ser, tenho de repensar tudo – observa o agricultor.
Participaram desta reportagem Caio Cigana, Daniela Castro, Fernanda da Costa, Nestor Tipa Júnior e Vanessa Kannenberg.


Participaram desta reportagem Caio Cigana, Daniela Castro, Fernanda da Costa, Nestor Tipa Júnior e Vanessa Kannenberg.

ZERO HORA

DA REDAÇÃO: Cafezais de Varginha (MG) têm boa florada, mas preços baixos limitam investimentos do produtor




Café: Lavouras de Varginha (MG) têm boa florada e produtor começa ano safra com boas expectativas. No entanto, preços atuais operam próximos ao custo de produção e ausência de mecanismos financeiros governamentais prejudica cultura no sul mineiro.


Em Varginha, no sul de Minas Gerais, clima tem colaborado e lavouras de café tiveram na última semana a primeira florada, com expectativa de uma nova pelos próximos dias.

Segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Arnaldo Bottrel, o pegamento da florada deve ser bom, mas se os preços continuarem em queda os investimentos no trato das lavouras podem ser limitados para a próxima safra.

Bottrel defende como possível solução para crise do setor que o Governo Federal oferece para a cafeicultura contratos de venda de opção, a fim de estimular mercado e retirar excesso de oferta. “Precisamos que governo tenha ação efetiva em relação ao controle financeiro que envolve produtor e compradores. Produtor precisa ter artifícios para adquirir financiamentos para segurar café em estoque”, afirma o sindicalista.

De acordo com Bottrel o endividamento é grande entre os produtores, limita acesso ao crédito e investimentos, gerando um circulo vicioso negativo e prejudicando a produção no sul mineiro. Atualmente saca de café de qualidade é comercializada a R$360 no município, enquanto custos de produção são de R$350. 
Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

Chuvas devem aumentar para garantir floradas do café


As chuvas nas principais áreas de cafeicultura do Brasil deverão aumentar, informou nesta segunda-feira (15) o instituto de meteorologia Somar, ajudando a garantir o florescimento da safra de café de 2013. Importantes regiões de Minas Gerais, que produzem cerca de metade do café do maior país produtor do mundo, receberam as primeiras chuvas entre o final de setembro e início de outubro e até o final da semana receberão mais, disse a Somar.

Veja a notícia na íntegra no site da Reuters

Código Florestal: Vetos inviabilizam produção de alimentos - Notícias Agrícolas

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Código Florestal: Brasil abre mão de área agrícola do tamanho do Estado de SP - Notícias Agrícolas

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Presidente da CNA destaca avanços do Novo Código Florestal, mas defende que o Congresso Nacional analise vetos do executivo



A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse que, apesar dos vetos da presidente Dilma Rousseff a alguns itens da Medida Provisória (MP) que complementa o novo Código Florestal, houve vários avanços na legislação ambiental durante as discussões no Congresso Nacional. Um dos pontos positivos destacados por ela foi a segurança jurídica que os produtores rurais terão a partir de agora. 
“O pior dos mundos é você não saber onde está e como está sua situação. Agora os produtores rurais saberão seus direitos e suas obrigações em relação à questão ambiental”, justificou a senadora. Outro fator importante, na sua avaliação, é que a nova lei pôs fim à hegemonia das ONGs (Organizações Não-Governamentais) sobre o Ministério do Meio Ambiente e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis). “Isso chegou ao fim e esses órgãos tornam-se republicanos novamente”, enfatizou.
Ao avaliar os vetos da presidente a alguns pontos da MP, publicados nesta quinta-feira (18/10) no Diário Oficial da União, ela afirmou que não discorda de todos. Um dos vetos defendidos por ela diz respeito ao plantio de árvores frutíferas na beira dos rios para a recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs). “Pode trazer riscos para a água, porque sem a aplicação de defensivos na fruticultura, não há produtividade e competitividade”, explicou. Defendeu, no entanto, a reavaliação de outros itens barrados pela presidente. “A discussão ainda não acabou. Temos a possibilidade constitucional de avaliar esses vetos”, completou a senadora.  
Disse que, democraticamente, os vetos são “uma prerrogativa da Presidência da República, mas esperamos que o Congresso Nacional também exerça sua obrigação de colocar os vetos à prova. Tenho certeza que o Congresso votará, de forma unânime, como votou nas outras oportunidades”, disse a presidente da CNA, negando que a decisão da presidente Dilma represente uma derrota aos parlamentares ligados ao setor agropecuário.  “Se existe uma derrota, só se for derrota de Pirro, porque tivemos muitas conquistas ao longo deste processo. Se como produtora rural eu não estou 100% satisfeita, me considero 100% contemplada como cidadã”, enfatizou. 
Segundo a senadora, um dos vetos que devem ser analisados pelo Legislativo é o que trata do fim da obrigatoriedade de averbação das áreas de reserva legal em cartório. Com esta decisão do Executivo, o registro da área averbada volta a ser condicionante para que o produtor obtenha financiamento junto aos bancos oficiais. “Temos todos os mecanismos tecnológicos para identificar onde há reserva legal, e a averbação trará uma enorme burocracia neste processo”, completou.  
Vetos e decreto
Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (18/10) publicou nove vetos da presidente da República, Dilma Rousseff, à Medida Provisória (MP) 571, que complementa o novo Código Florestal (Lei 12.651/12). Com a decisão, o Executivo resgatou a versão original da MP encaminhada ao Legislativo em maio, retirando do texto pontos incluídos durante as discussões no Congresso Nacional. Algumas das regras previstas, como as faixas de recomposição de mata ciliar na beira dos rios, foram retomadas por meio doDecreto 7.830, também publicado no DOU de hoje e que traz, ainda, as normas para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para o Programa de Regularização Ambiental (PRA). O Diário Oficial traz, ainda, a publicação da versão final da MP, transformada na Lei 12.727/12
Um dos dispositivos da MP barrados pela presidente tratava da recuperação de 15 metros de mata ciliar nas propriedades rurais acima de quatro módulos até 15 módulos fiscais que tiverem rios de até 10 metros de largura. No entanto, com o veto, ficou definida, no decreto, para os cursos d’água com até 10 metros de largura, a metragem de 20 metros para os imóveis com mais de quatro módulos até 10 módulos fiscais. Nas propriedades com mais de 10 módulos, permanecem as regras já definidas na MP, transformada na Lei 12.727/12, que estipulam para médias e grandes propriedades faixas de 20 a 100 metros. Nas pequenas propriedades (até quatro módulos), as metragens também foram mantidas, de 5 a 15 metros. 
Outro veto exclui a faixa de recomposição de cinco metros na beira dos rios intermitentes que tenham largura de até dois metros. Este item foi incluído no texto durante as discussões na Comissão Especial Mista, formada por deputados e senadores, para discutir o novo Código Florestal. O Executivo vetou, também, o trecho que previa que, nas propriedades com mais de quatro até 10 módulos fiscais, a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) não poderia ultrapassar o percentual de 25% da área total do imóvel. Os itens que tratavam do plantio de árvores frutíferas para recuperação da cobertura vegetal nas propriedades rurais e da regularização, em 20 dias, de produtores autuados por infrações ambientais a partir da adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) também foram vetados. 
Também foi retirado do texto o dispositivo que previa que o cômputo das APPs no cálculo da reserva legal não poderia ultrapassar 50% do imóvel nas regiões localizadas fora das áreas de floresta na Amazônia Legal, onde a soma não poderá ser maior que 80%. Estes itens também haviam sido incluídos no texto durante os debates na Comissão Especial Mista no Congresso Nacional.
Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br

Entenda os vetos presidenciais ao Código Florestal publicados no Diário Oficial


Lei de preservação ambiental foi sancionada pela presidente Dilma
Planalto
Foto: Planalto
Dilma devolveu ao texto a disposição que obriga os grandes proprietários a repor entre cinco e cem metros de vegetação nativa nas APPs
Os nove vetos presidenciais ao texto do novo Código Florestal foram publicados na edição desta quinta, dia 18, do Diário Oficial da União. O principal deles retira do texto a flexibilização para a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens de rios.
A chamada regra da “escadinha”, que prevê obrigações de recuperação maiores para grandes proprietários rurais, foi devolvida à lei por decreto presidencial, publicado também na edição desta quinta-feira no Diário Oficial. Os produtores rurais terão que recompor entre cinco e cem metros de vegetação nativa das APPs nas margens dos rios, dependendo do tamanho da propriedade e da largura dos rios que cortam os imóveis rurais.
O decreto publicado nesta quinta também traz normas gerais aos Programas de Regularização Ambiental (PRA) e define como será o funcionamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que suprem possíveis vácuos na lei deixados pelos vetos.
Pelo texto, o Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico de abrangência nacional, que servirá para compor a base de dados do governo para “controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento”.
Entre os dados que o integrarão estão informações do proprietário ou responsável pelo imóvel rural, planta do perímetro do imóvel, da localização dos remanescentes de vegetação nativa, das APPs, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e da localização das Reservas Legais.
No decreto, o governo define ainda que a recomposição das áreas de Reserva Legal poderá ser realizada mediante o plantio intercalado de espécies nativas e exóticas, observados alguns parâmetros como: o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com espécies nativas de ocorrência regional; a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50% da área total a ser recuperada.
Nessa quarta, dia 17, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que os vetos foram pontuais, apenas para recuperar os princípios que estavam na proposta original do governo, que significam “não anistiar, não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a justiça social, a inclusão social no campo em torno dos direitos dos pequenos agricultores”.
ENTENDA O QUE FOI VETADOA presidente vetou o Artigo 83 e fez vetos parciais nos artigos 4º, 15º, 35º, 59º, 61º-A e 61º-B. A advogada Samanta Pineda comenta cada um dos vetos em destaque.
Art. 83. Revogam-se as Leis nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, 7.754, de 14 de abril de 1989, e suas alterações posteriores; a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
COMENTÁRIO
O importante aqui é a inclusão pelo Parlamento na lista das revogações, do item da Lei de Registros Públicos (6.015) que permite ao cartório averbar a reserva legal. Na verdade a Lei já fala expressamente que a inscrição no CAR desobriga a averbação, sendo assim penso que a matéria foi vetada porque em casos de servidão estas terão ainda que ser averbadas, tanto na matrícula que está cedendo quanto na que está recebendo a reserva legal. Entendo, portanto que este veto não prejudica a desnecessidade de averbação da própria reserva mas assegura que as servidões possam ser averbadas.
Art. 4º
§ 9º Não se considera Área de Preservação Permanente a várzea fora dos limites previstos no inciso I do caput, exceto quando ato do poder público dispuser em contrário nos termos do inciso III do art. 6º.
COMENTÁRIO
O dispositivo vetado não quer dizer que as várzeas serão consideradas APPs, pois ao contar a APP da borda da calha do rio as várzeas fora da metragem de APP está excluída desta proteção. Assim o veto não altera qualquer situação.
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo;
§ 4º É dispensada da aplicação do  inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às demais florestas  e outras formas de vegetação nativa existentes em imóvel, ultrapassar:
I – 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na Amazônia Legal; e
II – 50% (cinquenta por cento) do imóvel rural nas demais situações, observada a legislação específica.
COMENTÁRIO
A intenção dos parlamentares foi de seguir uma linha coerente de não inviabilizar qualquer propriedade rural. Com os percentuais citados no parágrafo tendo sido atingidos, a função ambiental da propriedade estaria cumprida podendo assim o restante ser destinado à produção.
Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos, coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente do Sisnama.
§ 1º - O plantio ou o reflorestamento com espécies florestais nativas, exóticas e frutíferas  independem de autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta  Lei, devendo ser informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem.
COMENTÁRIO
Na redação original da MP apenas o reflorestamento com nativas era isento de autorização prévia. Foram incluídas as exóticas e frutíferas por questões de otimização do aproveitamento econômico da propriedade. O veto burocratiza o plantio de exóticas e frutíferas uma vez que pedidos de autorização exigem uma série de documentos e tem um procedimento moroso nos órgãos ambientais que não tem estrutura para atender a demanda.
Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão, no prazo de 1 (um) ano, contado a partir da data da publicação desta Lei, prorrogável por uma única vez, por igual período, por ato do Chefe do Poder Executivo, implantar Programas de Regularização Ambiental - PRAs de posses e propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las aos termos deste Capítulo.
§ 6º Após a disponibilização do  PRA o proprietário ou possuidor rural autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em  Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito, poderá promover a regularização da situação através da adesão ao PRA, observado o prazo de 20 (vinte) dias contados da ciência da autuação.
COMENTÁRIO
O dispositivo estava pouco claro e nada acrescentava à lei. O veto foi bom para a clareza das regras.
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.
§ 4º Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas  em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais:
I – em 15 (quinze)  metros, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com área superior a 4 (quatro) e de até 15 (quinze) módulos fiscais, nos cursos d’água naturais com até 10 (dez) metros de largura;
COMENTÁRIO
O veto faz com que todas as propriedades acima de 4 módulos tenham que recompor, no mínimo, 20 metros às margens dos cursos d’água retornando a versão original da MP 571.
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, pelos seguintes métodos:
V – plantio de árvores frutíferas.
COMENTÁRIO
O veto impede o uso de frutíferas na recuperação de APPs, o que poderia ser uma alternativa de renda aos que terão que abandonar áreas produtivas para tal recuperação.
§ 18. Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais intermitentes com largura de até 2 (dois) metros, será admitida a manutenção de atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da área do imóvel rural
COMENTÁRIO
Muitas áreas que tem vários pequenos córregos formados em épocas de chuvas podem ser inviabilizadas.
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de 2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente, é garantido que a exigência de recomposição, nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará:
III - 25% (vinte e cinco por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) e de até 10 (dez) módulos fiscais, excetuados aqueles localizados em áreas de floresta na Amazônia Legal.
COMENTÁRIO
A MP original trouxe travas de proteção incluindo porcentagens máximas de recuperação para que as propriedades não fossem inviabilizadas. O parlamento entendeu pertinente dar também esta proteção às médias propriedades e incluiu o dispositivo acima que foi vetado pela Presidente. Em muitos casos a média propriedade poderá ficar com área produtiva menor do que as pequenas já que todas as suas proteções foram vetadas.
Agencia Brasil, Canal Rural e Agencia Estado

Sancionada lei para renegociação da Dívida Ativa

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PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE VARGINHA

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ALUGAMOS PARA EVENTOS

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DECLARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ANORMALIDADE NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE VARGINHA, ESTADO DE MINAS G

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